Dobrar a língua: a dramaturgia de Rotação e a acessibilidade como encontro
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v15i1p94-110Palavras-chave:
acessibilidade estética, acessibilidade poética, dramaturgia, encontroResumo
Tendo como base a análise da dramaturgia da peça Rotação (2024), este artigo tem como proposta articular a noção de acessibilidade poética e estética proposta por Carlos Silva e Gislana Vale, junto à noção do fazerCOM de Camila Alves, como um modo de ampliar a percepção para o fazer artístico nutrido por um pensamento de acessibilidade cultural. Com uma sugestão metafórica acerca de “dobrar a língua” enquanto um exercício que gera outras perspectivas na produção de conhecimento, a experiência do encontro com as diferenças será costurada ao longo do texto para discutir a potência da criação artística nessa perspectiva. Entendendo a análise da dramaturgia como metodologia de pesquisa, este artigo indaga como o processo de criação artística pode propor outras formas de pensar acessibilidades, bem como a cultura da acessibilidade pode propor intervenções e ressignificações nos processos de criação.
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