Cercadinho PCD: reflexões acerca do paradoxo da inclusão nas ações culturais
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v15i1p139-154Palavras-chave:
acessibilidade cultural, capacitismo, cercadinho PCD, deficiência, inclusãoResumo
O artigo aborda o paradoxo da inclusão de pessoas com deficiência nas ações públicas e políticas institucionais internas dos equipamentos culturais. A acessibilidade no setor frequentemente se limita a espaços isolados e estereotipados, aqui denominados “Cercadinho PCD”. A história da deficiência é marcada por exclusão e imposições hegemônicas que perpetuam estereótipos impedindo a participação plena em diversos âmbitos sociais. A acessibilidade cultural exige desconstrução de narrativas normativas e valoração das experiências e contribuições das pessoas com deficiência nas artes, uma interpretação crítica sobre os modelos de inclusão vigentes.
Downloads
Referências
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. 14. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014.
BRASIL. Lei 13.146, de 6 de julho de 2015. Lei Brasileira de Inclusão das Pessoas com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União: Brasília, DF, 7 jul. 2015. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 9 jan. 2025.
CARTA aos bípedes #2 - com libras. [S. l.: s. n.], 2020. Publicano pelo canal Edu O. 1 vídeo (17 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=tpLn3Vr2HHk. Acesso em: 19 jan. 2025.
COMITÊ DEFICIÊNCIA E ACESSIBILIDADE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA. Contracartilha de acessibilidade: reconfigurando o corpo e a sociedade. Brasília, DF: ABA; São Paulo: ANPOCS; Rio de Janeiro: UERJ, 2020.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. São Paulo: Ubu Editora, 2020.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 1: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1988.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2022. Rio de Janeiro: IBGE, 2022. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/9171-pesquisa-
nacional-por-amostra-de-domicilios-continua-mensal.html. Acesso em: 9 fev. 2025.
LAPPONI, Estela. Manifesto Anti-inclusão. Blogpost, 29 maio 2012. Disponível em: https://estelapponi.blogspot.com/2012/05/anti-inclusao-manifesto.html. Acesso em:
fev. 2025.
LIMA, João Paulo. Acessibilidade, corporeidades e interseccionalidades. In: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICAS (org.). Anais da ABRACE 2024. [S. l.: s. n.], 2023. p. 67.
MCRUER, Robert. Teoria Crip: signos culturais entre o queer e a deficiência. São Paulo: Papéis Selvagens, 2024.
NASCIMENTO, Tatiana. Leve sua culpa branca pra terapia. O Menelick, maio 2020. Disponível em: http://www.omenelick2ato.com/artes-literarias/leve-sua-culpa-branca-pra-terapia. Acesso em: 19 dez. 2024.
PICCOLO, Gabriel Martins. O lugar da pessoa com deficiência na história: uma narrativa ao avesso da lógica ordinária. Curitiba: Apris, 2022.
SIEBERS, Tobin. Disability Theory. Ann Arbor: University of Michigan Press, 2008.
TEIXEIRA, Carolina. Deficiência em cena: a ciência excluída e outras estéticas. 2 ed. Natal: Offset, 2021.
TEIXEIRA, Jéssica. A percepção de si como um ato de criação e acesso. In: ALVES, Jefferson Fernandes; SILVA, Carlos Alberto Ferreira da; BERSELLI, Márcia (Org.). Artes Cênicas e acessibilidade cultural: contextos de desaprendizagens. Natal: SEDIS-UFRN, 2022.
VALE, Ana do. (@lentamenteprogressiva). Precisamos de menos aliados e mais traidores […]. Instagram, 21 set. 2024. Disponível em: https://www.instagram.com/p/DALlz80pbpc/?img_index=3&igsh=OTJudWR6MXc5OGJ4. Acesso em: 7 jan. 2025.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Claudio Rubino

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O autor se compromete a sempre que publicar material referente ao artigo publicado na Revista Aspas mencionar a referida publicação da seguinte forma:
"Este artigo foi publicado originalmente pela Revista Aspas em seu volume (inserir o volume), número (inserir o número) no ano de (inserir o ano) e pode ser acessado em: http://revistas.usp.br/aspas de acordo com a Licença Creative Commons CC-BY.
