Estética do oprimido e pedagogia da libertação: teatro como resistência no sistema socioeducativo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v15i2p158-181Palavras-chave:
arte política, juventude em conflito com a lei, justiça estética, práticas abolicionistasResumo
Este relato de experiência apresenta uma intervenção teatral com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em regime fechado, com foco na prevenção da ideação suicida e na crítica ao sistema punitivo. A proposta se baseou no Teatro do Oprimido, de Augusto Boal, e na pedagogia do oprimido, de Paulo Freire, articulando práticas estéticas e pedagógicas libertárias. A partir da teatralização da obra O Mágico de Oz, foram desenvolvidos temas geradores que permitiram a expressão simbólica do sofrimento, a reflexão crítica sobre a realidade e a valorização dos saberes marginalizados. A metodologia envolveu encontros semanais com rodas de conversa, encenação e análise coletiva das cenas, promovendo o protagonismo juvenil e a construção de espaços de imaginação política. A experiência se insere no campo das artes da cena como prática abolicionista e de resistência à lógica do encarceramento.
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