Performance Negrotério: 25 anos do massacre do Carandiru

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v15i2p198-218

Palavras-chave:

Carandiru, necropolítica, performance, trauma social

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar como a experiência em performance pode ativar memórias traumáticas do episódio conhecido como Massacre do Carandiru (1992), que culminou na morte de pelo menos 111 homens encarcerados. Para tanto, exploramos o conceito de necropolítica de Achille Mbembe e a discussão da transmissão da memória traumática pela performance investigada por Diana Taylor. Em seguida, analisaremos a performance Negrotério: Aniversário de 25 Anos do massacre de Carandiru (2017), criada pela Coletiva Preta Performance.

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Biografia do Autor

  • Rodrigo Severo dos Santos, Universidade de São Paulo

    Artista, pesquisador e professor, atua nas interseções entre teatro, performance e cena expandida, com foco nas pedagogias e poéticas negrorreferenciadas. É professor da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), fundador da Coletiva Preta Performance, onde desenvolve estéticas descolonizadas e antirracistas, e também integrante do Laboratório de Práticas Performativas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP).

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Publicado

2025-12-23

Como Citar

Santos, R. S. dos. (2025). Performance Negrotério: 25 anos do massacre do Carandiru. Revista Aspas, 15(2), 198-218. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v15i2p198-218