A construção de uma poética abolicionista através do atentado como linguagem: o trabalho da CiA dXs TeRrOrIsTaS com mulheres trans e travestis sobreviventes do cárcere

Autores

  • Thaisa Schmaedecke Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v15i2p247-258

Palavras-chave:

abolicionismo penal, relação comunitária, poética abolicionista, corpo político

Resumo

Este artigo foi desenvolvido a partir da pesquisa de mestrado em Artes da Cena Teatro e cárcere: a dimensão pública da obra da CiA dXs TeRrOrIsTaS, realizada na Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás. Propõe refletir, a partir do pensamento abolicionista endossado por Ângela Davis e da noção de precariedade abordada pela filósofa estadunidense Judith Butler, o que caracteriza, em pleno século XXI, ser uma Cia abolicionista penal no Brasil e como o trabalho abolicionista se presentifica nas criações artísticas da CiA dXs TeRrOrIsTaS, em especial na desmontagem do espetáculo teatral Anjos de Cara Suja: o sol é ou deveria ser para todas.

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Biografia do Autor

  • Thaisa Schmaedecke, Universidade Federal de Goiás

    Pesquisadora e arte educadora. Mestre em Artes da Cena pela Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás (EMAC/UFG). Sua pesquisa perpassa pelas noções de teatralidade testemunhal, abolicionismo penal e corpo político.

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Publicado

2025-12-23

Como Citar

Schmaedecke, T. (2025). A construção de uma poética abolicionista através do atentado como linguagem: o trabalho da CiA dXs TeRrOrIsTaS com mulheres trans e travestis sobreviventes do cárcere. Revista Aspas, 15(2), 247-258. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v15i2p247-258