Imaginação e transfiguração: a ideia de sociedade em Adam Smith e Émile Durkheim
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v33i2pe224090Palavras-chave:
Émile Durkheim, Adam Smith, Sociedade, Imaginação, Altruísmo-egoísmoResumo
O conceito de “sociedade” passou por escrutínios na antropologia contemporânea através de autores(as) como Marilyn Strathern, Roy Wagner e Bruno Latour. A ideia de que ‘sociedade’ havia perdido seu potencial analítico e se tornado uma abstração autoexplicativa é um ponto comum dessa crítica, em boa parte direcionada à herança durkheimiana. Retomando as reflexões de Marshall Sahlins sobre “metafísicas ocidentais da ordem”, em A Ilusão Ocidental da Natureza Humana (2008), e a História do Pensamento Antropológico (1981) de Evans-Pritchard, esse artigo trata da relação indivíduo-sociedade a partir de Adam Smith, como um representante do iluminismo escocês, e Émile Durkheim, tido como o sistematizador da sociologia enquanto disciplina. Ambos traçaram no pensamento ocidental a ideia de sociabilidade natural em contraposição à ideia de estado de natureza e de guerra. Nesse sentido, abordo como a relação indivíduo-sociedade/egoísmo-altruísmo ganha contornos mais dinâmicos e relacionais para Smith e Durkheim, produzindo desdobramentos na concepção de ordem na Filosofia Moral e na Filosofia Política no ocidente.
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