“Sou eu quem cuida”: a pandemia narrada por mulheres atravessadas por um megaempreendimento
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v33i2pe227185Palavras-chave:
Mulheres camponesas, Megaempreendimento, Pandemia , Corpo-territórioResumo
O presente artigo discute os sentidos que mulheres camponesas, em um território vulnerabilizado pelo megaempreendimento da transposição do rio São Francisco, atribuem à experiência com a pandemia da COVID-19. A pesquisa tem enfoque qualitativo e parte de uma compreensão fenomenológica hermenêutica em diálogo com o ecofeminismo e o feminismo decolonial. Foram utilizadas a cartografia clínica e entrevistas narrativas individuais como modo de inserção no território e escuta das narrativas. Para análise, lançamos mão da Analítica do Sentido, de Dulce Critelli. Pôde-se compreender que a pandemia potencializou diversos processos de vulnerabilização já existentes anteriormente na experiência das mulheres do território, em virtude das obras da transposição, bem como criou novas complexidades.
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