Disposições morais e a fundamentação da moralidade a partir da perspectiva contratualista

Autores

  • Marcelo de Araújo Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i12p7-20

Palavras-chave:

Contratualismo , Disposições Morais, Justiça , Pessoa

Resumo

O objetivo deste artigo é elucidar o conceito de disposições morais a partir de uma perspectiva contratualista. Tenho especialmente
em vista o tipo de teoria moral defendida por David Gauthier. Minha intenção é mostrar que a tese segundo a qual, por interesse próprio, seria racional para um indivíduo “escolher” se tornar uma pessoa movida por um senso de justiça deve ser compreendida em termos da racionalidade de uma escolha pela criação e pelo fomento às instituições que estão na origem da formação de nossas disposições morais.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Marcelo de Araújo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

    Professor de filosofia da UERJ e professor de direito da UFRJ

Referências

ARAUJO, Marcelo de. O conceito de pessoa na teoria moral contratualista: uma crítica a David Gauthier. Síntese, v. 34, p. 55-77, 2007.

ARAUJO, Marcelo de. Justiça internacional e direitos humanos: uma abordagem contratualista, Veritas, v. 52, p. 137-165, 2007.

FORST, Rainer. Das Recht auf Rechtfertigung: Elemente einer konstruktivistischen Theorie der Gerechtigkeit. Frankfurt: Suhrkamp, 2007.

GAUTHIER, David. Morals by Agreement. Oxford: Oxford University Press, 1986.

GAUTHIER, David. Morality, rational choice, and semantic representation. Social Philosophy and Policy, (Special Edition: Gauthier’s New Social Contract), v. 5, p. 173-221, 1988.

GAUTHIER, David. Value, reasons, and the sense of justice. In: FREY, R. G.; MORRIS, C. W. (Org.). Value, Welfare, and Morality. Cambridge: Cambridge University Press, 1993, p. 180-208.

GAUTHIER, David. Assure and threaten. Ethics, 104, p. 690-721, 1994.

GAUTHIER, David. Intention and deliberation. In: DANIELSON, Peter A. (Org.). Modeling Rationality, Morality and Evolution. Oxford: Oxford University Press, 1998, p. 41-54.

GAUTHIER, David. Are we moral debtors. Philosophy and Phenomenological Research, v. 66, p. 162-168, 2003.

HOBBES, Thomas. Leviathan (1651). Cambridge: Cambridge University Press, 1996.

HOERSTER, Norbert. Ethik und Interesse. Stuttgard: Reclam, 2003.

MACKIE, J. L. Ethics: Inventing Right and Wrong. Harmondsworth: Penguin Books, 1977.

STEMMER, Peter. Handeln zugunsten anderer: Eine moralphilosophische Untersuchung. Berlin: De Gruyter, 2000.

STEMMER, Peter. Moralischer Kontraktualismus. Zeitschrift für philosophische Forschung, v. 56, 2002. (Publicado em português em Ethica, v. 9, p. 203-226, 2004, trad. Marcelo de Araujo e Dário Alves Teixeira.)

STEMMER, Peter. Der Begriff der moralischen Pflicht. In: LEIST, Anton (Org.). Moral als Vertrag? Beiträge zum moralischen Kontraktualismus. Berlin: De Gruyter, 2003, p. 37-70.

STEMMER, Peter. Die Rechtfertigung moralischer Normen. In: Zeitschrift für philosophische Forschung, v. 58, p. 483-504, 2004.

STEMMER, Peter. Moral, künstliche Gründe, moralische Motivation. In: KLEMME, H. F.; KÜHN, M.; SCHÖNECKER, D. (Org.). Moralische Motivation: Kants Ethik in der Diskussion. Hamburg: Meiner, 2006.

THOMAS, Laurence. Rationality and affectivity: the metaphysics of the moral self. Social Philosophy & Policy (Special Edition: Gauthier’s New Social Contract), v. 5, p. 154-172, 1988.

WILLIAMS, Bernard. Internal and external reasons. In: Moral Luck. Cambridge: Cambridge University Press, 1981, p. 101-113.

Downloads

Publicado

2008-07-08

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Araújo, M. de . (2008). Disposições morais e a fundamentação da moralidade a partir da perspectiva contratualista. Cadernos De Ética E Filosofia Política, 1(12), 7-20. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i12p7-20