O tempo como um traço de união entre a sociedade e sua história
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v2i29p17-25Palavras-chave:
tempo , tempo medido , tempo vivido , história , sociedadeResumo
O presente texto é uma breve análise do conceito de tempo na qual pretendemos demonstrar que existem duas maneiras possíveis de ressignificá-lo dentro da filosofia espinosana. Em princípio, abordaremos o caráter ontológico desse conceito ressaltando que o tempo não passa de um produto da nossa imaginação e, por consequência, é possível interpretar Espinosa como um profundo crítico da ideia de tempo mensurável. Nessa perspectiva, o autor propõe aos homens que se libertem da percepção temporal, por meio de um processo de correção do intelecto, para compreender todas as coisas sob uma perspectiva da eternidade. No entanto, há outra possibilidade de leitura que garante ao tempo um papel mais significativo tanto na vida particular quanto na construção da sociedade, bem como na relação da mesma com a sua história, ou seja, com a evolução da consciência coletiva e com a manutenção do bem comum.Downloads
Referências
BOVE, L. La stratégie du conatus: affirmation et résistance chez Spinoza. Paris: Vrin, 1996.
CHAUÍ, M. A nervura do real: Imanência e liberdade em Espinosa. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
CHAUÍ, M. Da realidade sem mistérios ao mistério do mundo: Espinosa, Voltaire, Merleau-Ponty. São Paulo: Brasiliense, 1999.
ESPINOSA, B. Correspondência. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
ESPINOSA, B. Pensamentos metafísicos. Tradução e notas de Marilena Chaui. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
ESPINOSA, B. Tratado político. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
ESPINOSA, B. Œuvres Complètes. Bibliothèque de la Plêiade. Paris: Gallimard, 1978.
ESPINOSA, B. Correspondencia. Traducción, prólogo y notas de Atilano Domínguez. Madrid: Alianza Editorial, 1988.
ESPINOSA, B. Tratado Breve. Traducción, prólogo y notas de Atilano Domínguez. Madrid: Alianza Editorial, 1990.
ESPINOSA, B. Tratado da reforma da inteligência. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
ESPINOSA, B. Tratado Teológico-político. Tradução, introdução e notas de Diogo Pires Aurélio. 3ª edição. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2004.
ESPINOSA, B. Ética. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008
ITOKAZU, E. Tempo, duração e eternidade na filosofia de Espinosa. Tese de doutorado. Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, 2008.
ROUSSEAU, J. Ensaio sobre a origem das línguas. São Paulo: Abril Cultural, 1978.
SALOMÃO. Eclesiastes. In: Bíblia Sagrada. 2ª ed., revista e atualizada no Brasil. São Paulo: Ed. SBB, 2007.
TEIXEIRA, L. A doutrina dos modos de percepção e o conceito de abstração na filosofia de Espinosa. São Paulo: UNESP, 2001.
VERNANT, P. O universo, os deuses, os homens. São Paulo: Cia das Letras, 2000.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2016 Cadernos de Ética e Filosofia Política

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.