ACERCA DO TRÁGICO EM HEGEL
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v2i11p119-144Palavras-chave:
trágico, dialética, espírito, Hegel, AntígonaResumo
O objetivo é demonstrar que a Fenomenologia do espírito posiciona o trágico no centro da dialética hegeliana. Para tanto, analisaremos o desenvolvimento desse conceito em Hegel. O caráter trágico que pertence ao estágio de irrefletida Sittlichkeit é aquele que tem uma identificação imediata não crítica com a lei. Isso porque na cidade-estado grega, o homem não está pronto para a reconciliação com o verdadeiramente universal. Inversamente, na mesma época, o povo que alcança realmente a plena universalidade do espírito, os judeus, são aqueles que têm maior grau de alienação do divino. Mas o universal deve encontrar alguma expressão; e conseqüentemente os deuses são particulares, o universal reaparece como uma necessidade do destino a que mesmo os deuses estão sujeitos. E Hegel explicita a tensão interna e o conflito da sociedade grega por meio da tragédia sofocleana.