Aproximação entre Agamben e Comitê Invisível
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i38p212-221Palavras-chave:
Agamben, Comitê Invisível, Destituição, Resistência, InsurreiçãoResumo
Este artigo tem como objetivo aproximar a obra de Giorgio Agamben da obra do Comitê Invisível, com o intuito de destacar, em ambos, características vinculadas à resistência anárquica. Primeiro, recapitula-se a relação do filósofo italiano com a revista Tiqqun, publicada pelo Partido Imaginário, grupo do qual se derivou o Comitê Invisível. Na sequência, avança-se na aproximação em questão neste artigo, passando por três obras publicadas pelo grupo francês: A insurreição que vem (2013), Aos nossos amigos: crise e insurreição (2016) e Agora (2017): na primeira, destacam-se os conceitos de insurreição e que vem; na segunda obra, destaca-se o conceito de potência destituinte; na terceira, aprofunda-se na potência destituinte e no conceito de agora, que por sua vez se relaciona com o conceito de tempo-do-agora trabalhado por Agamben. Por fim, tem-se que o conceito de potência destituinte figura nas obras do Comitê Invisível de maneira semelhante à que figura nas obras de Agamben, e também que o agora e o tempo-de-agora, em relação com o uso e com a forma-de-vida, mostram-se cruciais para a compreensão da potência destituinte tanto em Agamben quanto no Comitê Invisível. Ao mesmo tempo, tal aproximação aponta para uma relação da obra do filósofo italiano com a tradição de pensamento anárquico, conferindo à obra agambeniana uma perspectiva prática de resistência ao governo da vida.
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Referências
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