Filosofia como idiossincrasia, ética como fenômeno: sobre o ceticismo de Plínio Smith

Autores

  • Paulo Jonas de Lima Piva Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i03p91-113

Palavras-chave:

ceticismo, neopirronismo, filosofia brasileira, terapia, idiossincrasia, ética

Resumo

No artigo "Terapia e vida comum", de 1995, Plínio Smith propõe- se a aperfeiçoar o pirronismo, concebendo-o como uma terapia circunscri­ta à experiência pessoal e autobiográfica, e como um discurso idiossincrá­tico e humanista. Em "Sobre a tranqüilidade da alma e a moderação das afecções", texto posterior (1996), o filósofo reflete mais detidamente so­bre a ética no interior do ceticismo, tema este pouco explorado. A proposta deste ensaio é estabelecer uma concatenação entre os dois artigos de Plínio, mostrando que é possível ver no segundo um complemento do pri­meiro, ou seja, que da fusão do conteúdo de ambos podemos obter um retrato filosófico e prático do cético terapêutico depurado, em outros ter­mos, um retrato filosófico e prático do neopirronismo smithiano.

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Biografia do Autor

  • Paulo Jonas de Lima Piva, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    Doutorando no Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo e bolsis­ta da FAPESP.

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Publicado

2001-06-23

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Piva, P. J. de L. (2001). Filosofia como idiossincrasia, ética como fenômeno: sobre o ceticismo de Plínio Smith. Cadernos De Ética E Filosofia Política, 1(03), 91-113. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i03p91-113