Rousseau e Helvétius: os princípios da moralidade

Autores

  • Natalia Maruyama Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i2p39-58

Palavras-chave:

moral, interesse, sentimento, ação, consciência moral

Resumo

C. -A. Helvétius e J. -J. Rousseau nos indicam, em suas discussões, duas vias distintas e, às vezes, antagônicas, para se pensar a ética e a política. Nosso trabalho, centrado no tema dos interesses e dos sentimentos morais como princípios ou motivos da moralidade, tem por objetivo tornar mais claras essas discussões. Faremos uma breve exposição da crítica de Rousseau à redução das faculdades mentais à sensibilidade física, para localizarmos alguns problemas que estavam sendo considerados no momento de elaboração da teoria da consciência no Emílio e examinaremos as críticas de Helvétius a Rousseau. O exame dessa polêmica esclarece algo sobre o problema, fundamental no contratualismo de Rousseau, a respeito da natureza da obrigação política e do dever moral.

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Biografia do Autor

  • Natalia Maruyama, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    Doutoranda em cotutela de tese no Departamento de Filosofia da Universidade de  São Paulo e no Programa Historie de la Philosophie et Philosophie de la Connaissance da Universidade de Paris X, Nanterre. 

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Publicado

2000-04-25

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Maruyama, N. (2000). Rousseau e Helvétius: os princípios da moralidade. Cadernos De Ética E Filosofia Política, 1(02), 39-58. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i2p39-58