Leibniz: Ação Racional e Fraqueza da Vontade
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i18p7-21Palavras-chave:
Ação humana , Fraqueza da vontade , Leibniz , Vontade , PercepçãoResumo
Neste artigo, procura-se enfatizar um clássico problema ligado à ação humana que pode ser extraído dos textos leibnizianos, a saber, a fraqueza da vontade, uma questão resumida de maneira emblemática por Ovídio: Vejo o melhor partido e o aprovo, porém adoto o pior. O autor da Teodicéia parece sugerir um caminho para entender o fenô-meno da akrasia. Uma boa fonte para essa investigação é a sua obra Novos Ensaios sobre o Entendimento Humano, em que ele debate teses dos Ensaios sobre o Entendimento Humanode Locke. No texto leibniziano, um dos conceitos discutidos é o de inquietação (uneassiness). Locke entende que o fundamento para as ações humanas seria evitar o incômodo causado pela sensação de falta de algo. Leibniz não refuta por completo essa ideia do filósofo inglês, porém busca aperfeiçoá-la ao introduzir as “percepções inapercebidas”. Na filosofia leibniziana, o problema da fraqueza da vontade pode estar ligado a uma região que o agente não conhece diretamente, mas que é fundamental para qualquer ação, mesmo para as ditas racionais.Downloads
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