Maquinação e Vivência: o homem como ser tecnopolítico

Autores

  • Soraya Guimarães Hoepfner Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i18p197-220

Palavras-chave:

Política , Polis , Heidegger , Maquinação , Vivência , Técnica

Resumo

Neste artigo, elaboraremos uma compreensão para o sentido do político que tem como base filosófica o pensamento de Martin Heidegger e sua interpretação do termo grego Polis [πόλις] como “lugar historial” [Geschichtesstätte]. É a partir desse pensamento inicial que apresentaremos então nossa ideia do político como deslocamento essencial da existência humana. Desenvolveremos nosso argumento não somente a partir de referências explícitas que faz Heidegger ao conceito de Polis, mas também através de uma breve análise de dois conceitos-chave cunhados por ele no final dos anos 30: maquinação [Machenschaft] e vivência [Er-lebnis]. Será através destes conceitos, mas também de como a partir deles se relacionam técnica e história, que nós delinearemos o sentido do político como deslocamento essencial da humanidade, o qual, por sua vez, estabelece o caráter básico do que por fim denominaremos de existência tecnopolítica do homem. Desta maneira, a reflexão sobre o sentido do político nos conduzirá à compreensão do homem como ser técnico-político que, por sua vez, introduz uma questão fundamental: qual é o lugar da filosofia no espaço político? Como veremos, a compreensão filosófica do político suscitará a questão de qual é o lugar possível para o pensamento filosófico em nossa sociedade, ou seja, em termos de um posicionamento político, nos permitirá colocar a própria filosofia em questão

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Soraya Guimarães Hoepfner, Universidade Federal da Paraíba

    Soraya Guimarães Hoepfner é doutoranda do Programa de Doutorado Integrado de Filosofia (UFPB-UFPE-UFRN), com sanduíche na Södetorns University (Suécia), financiado pelo Svenska Instutet/Capes.

Referências

BEISTEGUI, Miguel de. Heidegger and the Political: Dystopias. London: Routledge, 1998. 200p.

FOGEL, Gilvan. Sobre Cartas sobre o Humanismo. Palestra em Natal, em Junho de 2011.

HEIDEGGER, Martin. Nietzsche I. Pfullingen: Neske, 1961.

HEIDEGGER, Martin. Besinnung. Frankfurt am Main: Klostermann, 1997.

HEIDEGGER, Martin. Einführung in die Metaphysik. Frankfurt am Main: Klostermann, 1983.

HEIDEGGER, Martin. Beiträge zur Philosophie (vom Ereignis). Frankfurt am Main: Klostermann, 1989.

HEIDEGGER, Martin. Hölderlins Hymn „Der Ister“. Frankfurt am Main: Klostermann, 1993.

HEIDEGGER, Martin. Die Geschichte des Seyns. Frankfurt am Main: Klostermann, 1998a.

HEIDEGGER, Martin. Logik als die Frage nach dem Wesen der Sprache. Frankfurt am Main: V. Klostermann, 1998b. 194p.

HEIDEGGER, Martin. Mindfulness. Transl. Parvis Emad, Thomas Kalary. New York: Continuum, 2006a. 385p.

HEIDEGGER, Martin. Ser e Tempo. 2 ed. Tradução de Marcia Sa C. Shuback. Petrópolis: Vozes, 2006b.

SCHUBACK, Márcia, “To Koinon”. In: SCHUBACK, Márcia. To Koinon – Heidegger and the Political. Estocolmo: Södertörn University. (No Prelo, a ser publicado pela Continnum: Nova York em 2012).

Downloads

Publicado

2011-06-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Hoepfner, S. G. (2011). Maquinação e Vivência: o homem como ser tecnopolítico. Cadernos De Ética E Filosofia Política, 1(18), 197-220. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i18p197-220