Kant e as relações internacionais pré-jurídicas

Autores

  • Francisco Jozivan Guedes de Lima Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i20p39-54

Palavras-chave:

Relações internacionais , Moral , Guerra , Soberania , Dignidade Humana

Resumo

O artigo objetiva investigar o pensamento kantiano acerca das relações internacionais pré-jurídicas. Tais relações são fundamentadas nos artigos preliminares. Em À Paz Perpétua, estes artigos constituem as condições morais mínimas através das quais os indivíduos, os Estados e os povos são protegidos contra os abusos oriundos do estado de natureza. A tese de Kant é que mesmo na guerra, onde não há ainda uma condição jurídica de âmbito público, os elementos morais devem subsistir. Os artigos preliminares são o primeiro passo para o estabelecimento do direito internacional e do direito cosmopolita. Seus elementos morais constituem os princípios fundamentais através dos quais as relações internacionais em Kant têm sua legitimidade.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

AUDARD, Catherine. Cidadania e democracia deliberativa. Trad. Walter Valdevino. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006.

BOBBIO, Norberto. Direito e Estado no pensamento de Immanuel Kant. 2ª ed. Trad. Alfredo Fait. Brasília: UNB, 1992.

CARNEIRO, Henrique. “Guerra dos Trinta Anos”. In: MAGNOLI, Demétrio. (org.). História das guerras. 4ª ed. São Paulo: Contexto, 2009.

CAVALLAR, Georg. “A sistemática da parte jusfilosófica do projeto kantiano à paz perpétua”. Trad. Peter Naumann. In: ROHDEN (org.). Kant e a instituição da paz. Porto Alegre, UFRGS / Goethe-Institut, 1997, pp. 78-95.

FRIEDRICH, Carl J. « L’essai sur la paix, sa position centrale, dans la philosophie morale de kant ». In : WEIL, Eric (et. al.) La philosophie politique de Kant. Paris : Press Universitaires de France, 1962.

GENTILI, Alberico. O direito de guerra. Trad. Ciro Mioranza. 2ª ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2006.

GERHARDT, Volker. “Uma teoria crítica da política sobre o projeto kantiano à paz perpétua”. Trad. Peter Naumann. In: ROHDEN (org.). Kant e a instituição da paz. Porto Alegre, UFRGS / Goethe-Institut, 1997, pp. 39-53.

HABERMAS, Jürgen. A inclusão do outro: estudos de teoria política. Trad. George Sperber e Paulo Soethe. São Paulo: Loyola, 2002.

HENDERSON, Gordon P. “Idealism, realism, and hope in Kant’s perpetual peace”. In:

GERHARDT, Volker. (Hrsg.). Kant und die Berliner Aufklärung: Akten des IX Internationalen Kant-Kongress. Berlin; New York: de Gruyter, 2011. Band IV: Sektionen XI-XIV, pp. 143-151.

HÖFFE, Otfried. Kant’s cosmopolitan theory of law and peace. Translated by Alexandra Newton. New York: Cambridge University Press, 2006.

KANT, Immanuel. A metafísica dos costumes. 2ª ed. Trad. Edson Bini. Bauru, SP: Edipro, 2008.

KANT, Immanuel. À paz perpétua. Trad. Marco Zingano. Porto Alegre, RS: L&PM, 2010.

KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Trad. Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, 1974.

KANT, Immanuel. Ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita. Trad. Rodrigo Naves e Ricardo Terra. São Paulo: Editora Brasiliense, 1986.

NOUR, Soraya. À paz perpétua de Kant: filosofia do direito e das relações internacionais. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

RAWLS, John. O direito dos povos; seguido de A ideia de razão pública revista. Trad. Luís Carlos Borges. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

STIVELMAN, Michael. A marca dos genocídios. Rio de Janeiro: Imago Ed., 2001.

TRUYOL, Antonio. “A modo de introducción: la paz perpetua de Kant en la historia del derecho de gentes”. In: ARAMAYO, Roberto (Org.). La paz y el ideal cosmopolita de la ilustración: a propósito del bicentenario de hacia la paz perpetua de Kant. Madrid: Editorial Tecnos, 1996, pp. 17-29.

Downloads

Publicado

2012-06-06

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

de Lima, F. J. G. (2012). Kant e as relações internacionais pré-jurídicas. Cadernos De Ética E Filosofia Política, 1(20), 39-54. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i20p39-54