A história nos marcos da natureza humana
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i14p7-23Palavras-chave:
teleologia , moral naturalizada , plano da natureza , teoria da história , evolucionismoResumo
O texto reconstrói as bases teleológico-morais para a constituição da moderna ciência da história. A chave dessa reconstrução é o escrutínio da idéia kantiana de plano da natureza, idéia que é investigada nas obras de Adam Smith, Hegel e Marx. Para criticar essa idéia, argui-se o pensamento de Fukuyama e defende-se que a ligação entre democracia e economia liberal é melhor explicada pela natural inclinação humana para a simetria do que pela noção de reconhecimento. O argumento é que o projeto de Fukuyama não encontra amparo na seleção da espécie, ao passo que o desejo por simetria sim. A essa abordagem subjazem as teses de que feita a crítica à teleologia moral, a história tem de ser compatível com a evolução, e de que a naturalização da história implica numa naturalização da moral.
Downloads
Referências
DARWIN, C. A origem das espécies. São Paulo: Edusp, 1985.
FUKUYAMA, F. O fim da história e o último homem. Rio de Janeiro: Rocco, 1992.
HEGEL, F. Princípios de Filosofia do Direito. São Paulo: Abril, 1976 [1820].
HEGEL, F. Phänomenologie des Geistes. 6. ed. Hamburg: Felix Meiner, 1952 [1807].
KANT, I. Idee zu einer Allgemeinen Geschichte in Weltbürgerlicher Absicht. São Paulo: Brasiliense, 1986 [1784].
MARX, K. Economic an Philosophic Manuscripts. Moscow: Progress, 1977 [1844].
MARX, K. Teses sobre Feuchbach. São Paulo: Cortez, 1984 [1845].
MARX, K. Ideologia Alemã. São Paulo: Cortez, 1984 [1845-1846].
MARX, K. The Peoples’s Paper. In: EAGLETON, T. Marx. São Paulo: Ed. Unesp, 1999 [1856]..
SMITH, A. A riqueza das nações. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993 [1776]
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2009 Adriano Naves de Brito

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.