As novas aventuras da dialética: Holloway, Guattari, Virno

Autores

  • Eduardo Pellejero Universidade Nova de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v2i13p109-138

Palavras-chave:

Movimento , Instituição , Merleau Ponty , Holloway , Guattari , Virno , Zizek , Dialética

Resumo

Algumas (muitas) das mais interessantes teorizações do marxismo têm origem nos grandes fracassos do marxismo, dando conta de uma fidelidade com potencial emancipatório dessa idéia (desse movimento) que excede largamente o saudosismo do passado e a adaptação ao presente. É o caso de Les Aventures de la dialectique, o livro de Merleau- Ponty, onde procede-se a uma reavaliação das apostas marxistas da época. A problematização das idéias de progresso e de sentido oscilava, então, entre a rejeição incondicional da revolução (a revolução instituída, como fato histórico, ou como verdade), a defesa tímida dos seus valores (a revolução como inscrição de um certo progresso na história: as conquistas de Outubro) e a redefinição das instituições de esquerda (a revolução como agenciamento de intersubjetividade). Mais de 40 anos depois, autores tão diversos como Slavoj Zizek, António Negri, Alain Badiou e Jacques Rancière voltam a jogar esse jogo, onde a herança do marxismo ocidental é dividida (partilhada) entre pretendentes a uma revolução pensada como acontecimento, como crítica, como projeto ou como instituição. O quê é (o quê deve ser) o marxismo contemporâneo? Repetindo o gesto de Merleau-Ponty, e a partir destas perspectivas (não necessariamente comensuráveis), o que procuramos são elementos para a redefinição de uma nova pragmática militante, capaz de acolher a imponderabilidade de novos saberes, de novas técnicas e de novos dados políticos.

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Publicado

2008-07-08

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Pellejero, E. (2008). As novas aventuras da dialética: Holloway, Guattari, Virno. Cadernos De Ética E Filosofia Política, 2(13), 109-138. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v2i13p109-138