Dois tipos de ética teleológica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v1i30p35-51Palavras-chave:
eudaimonismo, consequencialismo, ética teleológica, felicidadeResumo
O objetivo deste trabalho consiste em mostrar que as éticas consequencialistas e as éticas eudaimônicas, mesmo sendo teleológicas, são profundamente divergentes. O foco de nossa análise estará na maneira pela qual os autores antigos e os modernos entendem a noção de “felicidade” – como uma forma de atividade pelos primeiros e como um estado de coisas pelos últimos. Argumentaremos que esta diferença faz com que as concepções dos antigos tenham mais em comum com as doutrinas deontológicas modernas do que com as consequencialistas. No final de nossa exposição exploraremos alguns desdobramentos desta tese, em relação a temas como a noção de maximização e o altruísmo.Downloads
Referências
ANNAS, Julia. The Morality of Happiness. Oxford: Oxford University Press, 1993.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco (tradução de Antônio de Castro Caeiro). São Paulo: Editora Atlas, 2009.
DESTRÉE, Pierre. “Como demonstrar o próprio do Homem? Por uma leitura dialética de EN, I, 6”. In: ZINGANO, Marco (org). Sobre a Ética Nicomaqueia de Aristóteles. São Paulo: Odysseus, 2010.
GUIRALDELLI, Paulo Jr. Filosofia política para educadores (edição digital). São Paulo: Editora Manole, 2013.
IRWIN, Terence. “A felicidade permanente: Aristóteles e Sólon”. In: ZINGANO, Marco (org). Sobre a Ética Nicomaqueia de Aristóteles. São Paulo: Odysseus, 2010.
JAEGER, Werner. Paidéia – a formação do homem grego. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
KANT. Metafísica dos costumes – parte II. Lisboa: Edições 70, 2004.
LAÉRCIO, D. Vies et doctrines des philosophes illustres. Paris: Le Livre de Poche, 1999.
MULGAN, Tim. Utilitarismo. Petrópolis-RJ: Editora Vozes, 2007.
PLATÃO. A República. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
POJMAN, Louis P. Ethics – Discovering Right and Wrong. Belmont-CA: Wadsworth, 2006.
REGAN, Tom. “The Case for Animals Rights”. In: LAFOLLETTE, H. (ed): Ethics in Practice. Oxford: Blackwell Publishing, 2002.
RICOEUR, P. Soi-même comme un autre. Paris: Éditions du Seuil, 1990.
SANDEL, Michael. O liberalismo e os limites da justiça. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2005.
SANDEL, Michael. O que o dinheiro não compra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.
STATMAN, Daniel. “Introduction to Virtue Ethics”. In: STATMAN, D (ed). Virtue Ethics – a Critical Reader. Washington DC: Georgetown University Press, 1997.
TAYLOR, Charles. “The Diversity of Goods”. In: SEN, A. & WILLIAM, B. (eds) Utilitarianism and Beyond. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.
RAWLS, John. Uma teoria da justiça. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
SHAVE, Robert. Rational Egoism: A Selective and Critical History. Cambridge: Cambridge University Press, 1999.
VLASTOS, Gregory. Socrates – Ironist and Moral Philosopher. Ithaca-NY: Cornell University press, 1991.
ZINGANO, Marco. “Lei moral e escolha singular na ética aristotélica”. In: ZINGANO, M. Estudos de Ética Antiga. São Paulo: Discurso Editorial, 2007.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Rafael Rodrigues Pereira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.