“Cultivo” e vivência (Erlebnis): premissas à construção da tarefa de ‘tornar-se o que se é’ em Nietzsche
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v2i17p203-227Palavras-chave:
'Tornar-se o que se é' , Erlebnis , Cultivo , PathosResumo
O objetivo do artigo é lançar algumas hipóteses de análise sobre uma fenomenologia da ação moral em Nietzsche, especialmente no que se refere à fórmula nietzscheana “tornar-se o que se é”, notadamente por meio de duas noções decisivas à constituição
do homem pela ação: vivência (Erlebnis) e ‘cultivo’. O homem se torna o que é exclusivamente na vida e sob as condições concretas de sua existência, sem que “suspeite”, como escreve Nietzsche, “remotamente o que é” e, neste caso, trata-se de um processo que se
desdobra em meio às suas vivências. Compreendida como pathos ou contra-conceito da razão, toda vivência atua cultivando o homem, em um processo fenomenológico de ‘cultivo’ humano rumo à trajetória de ‘tornar-se o que se é’.
Downloads
Referências
BrusOtti, M. Die Leidenschaft der Erkenntnis: Philosophie und ästhetische Lebensgestaltung bei Nietzsche von Morgenröthe bis Also Sprach Zarathustra. (Monographien und Texte zur Nietzsche-Forschung). Berlin/New York: Walter de Gruyter, 1997.
Cramer, k. “Erleben, Erlebnis”. In: Ritter, Joachim (Hrsg.) Historisches Wörterbuch der Philosophie. Band 2: D-F. Basel/Stuttgart: Schwabe & Co. Verlag, 1972.
Gerhardt, V. Pathos der Distanz,. Stuttgart: Reclam, 1988.
Gerhardt, V. Friedrich Nietzsche. München: C.H.Beck Verlag, 1992.
Lawrence, J. Hatab. Nietzsche’s On the Genealogy of Morality: an Introduction. Cambridge: Cambridge University Press, 2008.
Nietzsche, F. Sämtliche Werke. Kritische Studienausgabe in 15 Bänden. (kSA) Hrsg. Giorgio Colli und Mazzino Montinari. Berlin/New York: DTV & Walter de Gruyter, 1980.
Nietzsche, F. O Nascimento da Tragédia. (NT) (Trad. J. Guinsburg). São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
Nietzsche, F. Humano, demasiado Humano. (HH) (Trad. Paulo César de Souza). São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
Nietzsche, F. Humano, demasiado Humano (vol. 2): Miscelânea de Opiniões e Sentenças (HH II, MS) e O Andarilho e sua Sombra (HH II, AS) (Tradução Rubens Rodrigues Torres Filho). In: Obras incompletas. Coleção os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
Nietzsche, F. Aurora. (A) (Trad. Paulo César de Souza). São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
Nietzsche, F. A Gaia Ciência. (GC) (Trad. Paulo César de Souza). São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
Nietzsche, F. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. (za) (Trad. Mario da Silva). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
Nietzsche, F Além do bem e do mal. (ABM) (Trad. Paulo César de Souza). São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
Nietzsche, F. Genealogia da moral. (GM) (Trad. Paulo César de Souza). São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
Nietzsche, F. O Caso Wagner/Nietzsche contra Wagner. (CW) (Trad. Paulo César de Souza). São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
Nietzsche, F. Crepúsculo de los ídolos. (CI) (Trad. Andrés Sánchez Pascual). Madrid: Alianza Editorial, 1973.
Nietzsche, F. Ecce Homo. (EH) (Trad. Paulo César de Souza). São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
Nietzsche, F. Obras incompletas. Trad. Rubens Rodrigues Torres Filho. In: Coleção os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
Osterling, Henk. Philosophie als Kunst?: Kunst als Poros, Aporie als Kunstgriff. In: duhamel, R.; Oger, E., Die Kunst der Sprache und die Sprache der Kunst. Würzburg: königshausen und Neumann, 1994.
Ottmann, H. Philosophie und Politik bei Nietzsche, (Monographien und Texte zur Nietzsche-Forschung). Berlin/New York: Walter de Gruyter, 1999.
Piazzesi, Chiara, Pathos der Distanz et transformation de l’expérience de soi chez le dernier Nietzsche. In: Nietzsche-Studien 36 (2007), pp. 258-295.
Salaquarda, J. Der Ungeheure Augenblick. In: Nietzsche-Studien 18 (1989), pp. 317-337
Salaquarda, J. Fröhliche Wissenschaft: zwischen Freigeisterei und neuer „Lehre“. In: Nietzsche-Studien 26 (1997), pp. 165-183.
Schank, Gerd. „Rasse“ und „Züchtung“ bei Nietzsche. (Monographien und Texte zur Nietzsche-Forschung). Berlin/New York: de Gruyter, 2000.
Stegmaier, W. Nietzsches Kritik der Vernunft seines Lebens: Zur Deutung von „Der Anti-christ“ und „Ecce Homo“. In: Nietzsche-Studien 21 (1992), pp. 163-183.
Steinmann, Michael, Die Ethik Friedrich Nietzsches. (Monographien und Texte zur Nietzsche-Forschung). Berlin/New York: Walter de Gruyter, 2000.
Tongeren, Paul van (hrsg). Nietzsche Wörterbuch. Bd.1. Berlin: de Gruyter, 2004.
Tongeren, Paul van (hrsg). Die Kunst der Transfiguration. In: duhamel, R. u. Oger, E., Die Kunst der Sprache und die Sprache der Kunst. Würzburg: königshausen und Neumann, 1994.
Viesenteiner, Jorge L. O problema da intencionalidade na fórmula “Como alguém se torna o que se é” de Nietzsche. In: Dissertatio 31 (2010) pp. 97-117.
Zittel, Claus. Ästhetisch fundierte Ethiken und Nietzsches Philosophie. In: Nietzsche-Studien 32(2003) pp. 103-123.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2010 Jorge Luiz Viesenteiner

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.