“Cultivo” e vivência (Erlebnis): premissas à construção da tarefa de ‘tornar-se o que se é’ em Nietzsche

Autores

  • Jorge Luiz Viesenteiner Pontifícia Universidade Católica do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v2i17p203-227

Palavras-chave:

'Tornar-se o que se é' , Erlebnis , Cultivo , Pathos

Resumo

O objetivo do artigo é lançar algumas hipóteses de análise sobre uma fenomenologia da ação moral em Nietzsche, especialmente no que se refere à fórmula nietzscheana “tornar-se o que se é”, notadamente por meio de duas noções decisivas à constituição
do homem pela ação: vivência (Erlebnis) e ‘cultivo’. O homem se torna o que é exclusivamente na vida e sob as condições concretas de sua existência, sem que “suspeite”, como escreve Nietzsche, “remotamente o que é” e, neste caso, trata-se de um processo que se
desdobra em meio às suas vivências. Compreendida como pathos ou contra-conceito da razão, toda vivência atua cultivando o homem, em um processo fenomenológico de ‘cultivo’ humano rumo à trajetória de ‘tornar-se o que se é’.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Jorge Luiz Viesenteiner, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

    Doutor em filosofia pela UNICAMP e professor do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCPR. É membro do GIRN (Groupe International de Recherches sur Nietzsche) pela Universidade de Greifswald/Alemanha.

Referências

BrusOtti, M. Die Leidenschaft der Erkenntnis: Philosophie und ästhetische Lebensgestaltung bei Nietzsche von Morgenröthe bis Also Sprach Zarathustra. (Monographien und Texte zur Nietzsche-Forschung). Berlin/New York: Walter de Gruyter, 1997.

Cramer, k. “Erleben, Erlebnis”. In: Ritter, Joachim (Hrsg.) Historisches Wörterbuch der Philosophie. Band 2: D-F. Basel/Stuttgart: Schwabe & Co. Verlag, 1972.

Gerhardt, V. Pathos der Distanz,. Stuttgart: Reclam, 1988.

Gerhardt, V. Friedrich Nietzsche. München: C.H.Beck Verlag, 1992.

Lawrence, J. Hatab. Nietzsche’s On the Genealogy of Morality: an Introduction. Cambridge: Cambridge University Press, 2008.

Nietzsche, F. Sämtliche Werke. Kritische Studienausgabe in 15 Bänden. (kSA) Hrsg. Giorgio Colli und Mazzino Montinari. Berlin/New York: DTV & Walter de Gruyter, 1980.

Nietzsche, F. O Nascimento da Tragédia. (NT) (Trad. J. Guinsburg). São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

Nietzsche, F. Humano, demasiado Humano. (HH) (Trad. Paulo César de Souza). São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Nietzsche, F. Humano, demasiado Humano (vol. 2): Miscelânea de Opiniões e Sentenças (HH II, MS) e O Andarilho e sua Sombra (HH II, AS) (Tradução Rubens Rodrigues Torres Filho). In: Obras incompletas. Coleção os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1999.

Nietzsche, F. Aurora. (A) (Trad. Paulo César de Souza). São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

Nietzsche, F. A Gaia Ciência. (GC) (Trad. Paulo César de Souza). São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

Nietzsche, F. Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém. (za) (Trad. Mario da Silva). Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

Nietzsche, F Além do bem e do mal. (ABM) (Trad. Paulo César de Souza). São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

Nietzsche, F. Genealogia da moral. (GM) (Trad. Paulo César de Souza). São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

Nietzsche, F. O Caso Wagner/Nietzsche contra Wagner. (CW) (Trad. Paulo César de Souza). São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

Nietzsche, F. Crepúsculo de los ídolos. (CI) (Trad. Andrés Sánchez Pascual). Madrid: Alianza Editorial, 1973.

Nietzsche, F. Ecce Homo. (EH) (Trad. Paulo César de Souza). São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

Nietzsche, F. Obras incompletas. Trad. Rubens Rodrigues Torres Filho. In: Coleção os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1999.

Osterling, Henk. Philosophie als Kunst?: Kunst als Poros, Aporie als Kunstgriff. In: duhamel, R.; Oger, E., Die Kunst der Sprache und die Sprache der Kunst. Würzburg: königshausen und Neumann, 1994.

Ottmann, H. Philosophie und Politik bei Nietzsche, (Monographien und Texte zur Nietzsche-Forschung). Berlin/New York: Walter de Gruyter, 1999.

Piazzesi, Chiara, Pathos der Distanz et transformation de l’expérience de soi chez le dernier Nietzsche. In: Nietzsche-Studien 36 (2007), pp. 258-295.

Salaquarda, J. Der Ungeheure Augenblick. In: Nietzsche-Studien 18 (1989), pp. 317-337

Salaquarda, J. Fröhliche Wissenschaft: zwischen Freigeisterei und neuer „Lehre“. In: Nietzsche-Studien 26 (1997), pp. 165-183.

Schank, Gerd. „Rasse“ und „Züchtung“ bei Nietzsche. (Monographien und Texte zur Nietzsche-Forschung). Berlin/New York: de Gruyter, 2000.

Stegmaier, W. Nietzsches Kritik der Vernunft seines Lebens: Zur Deutung von „Der Anti-christ“ und „Ecce Homo“. In: Nietzsche-Studien 21 (1992), pp. 163-183.

Steinmann, Michael, Die Ethik Friedrich Nietzsches. (Monographien und Texte zur Nietzsche-Forschung). Berlin/New York: Walter de Gruyter, 2000.

Tongeren, Paul van (hrsg). Nietzsche Wörterbuch. Bd.1. Berlin: de Gruyter, 2004.

Tongeren, Paul van (hrsg). Die Kunst der Transfiguration. In: duhamel, R. u. Oger, E., Die Kunst der Sprache und die Sprache der Kunst. Würzburg: königshausen und Neumann, 1994.

Viesenteiner, Jorge L. O problema da intencionalidade na fórmula “Como alguém se torna o que se é” de Nietzsche. In: Dissertatio 31 (2010) pp. 97-117.

Zittel, Claus. Ästhetisch fundierte Ethiken und Nietzsches Philosophie. In: Nietzsche-Studien 32(2003) pp. 103-123.

Downloads

Publicado

2010-12-03

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Viesenteiner, J. L. (2010). “Cultivo” e vivência (Erlebnis): premissas à construção da tarefa de ‘tornar-se o que se é’ em Nietzsche. Cadernos De Ética E Filosofia Política, 2(17), 203-227. https://doi.org/10.11606/issn.1517-0128.v2i17p203-227