O Cinema Estrutural e a Ruptura com o Cinema Institucional
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.2675-7265.v1i2p120-143Mots-clés :
Cinema estrutural, Cinema experimental, Representação, IlusionismoRésumé
O presente trabalho busca, através de uma reflexão empírica, compreender como o cinema estrutural – vertente experimental da sétima arte – desenvolve um caráter anticapitalista a partir de suas peculiaridades estéticas. Para dar início a esse estudo, apresenta-se uma exposição teórica de como se comporta o cinema institucional, que não representa apenas o cinema clássico, mas toda a gama de produções cinematográficas com perfil narrativo. Em seguida, é necessário compreender a gênese do pensamento artístico que questiona o institucional: a teoria das vanguardas, inspirada por movimentos artísticos como futurismo, dadaísmo e expressionismo. Por fim, é apresentado o cinema estrutural a partir de suas manifestações teóricas e práticas, criando um breve entendimento da maneira como o estruturalismo cria sua crítica. As questões referentes são expostas com o objetivo principal de apresentar como um ramo cinematográfico não-narrativo pode configurar um ato de resistência por meio de suas características formais.
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