Pedagogia negativa do cinema: Primeiras aproximações

Autores

  • Helga Caroline Peres Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Campus de Araraquara

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v29i2p91-106

Palavras-chave:

cinema na escola, reeducação do olhar, experiência estética, pedagogia negativa do cinema, Teoria Crítica da Sociedade

Resumo

Poderia o espaço do cinema na escola ser ressignificado em direção a uma formação estético-crítica que tenha como norte a experiência estética e a reeducação do olhar? Que olhar seria esse? Por que ele precisaria ser “reeducado”? Tais questões serão abordadas neste artigo. Considera-se que a reeducação do olhar e a experiência estética, quando tidas como telos de uma orientação estético-formativa, podem ser pensadas pela via da negatividade – ou, em outras palavras, no interior de uma pedagogia negativa do cinema. Esta deve encontrar lugar em meio às lacunas dos modelos escolares hegemônicos, acolhidas nas ações formativas que se ocupam da construção de narrativas pedagógicas ensaísticas em sala de aula, dando vazão às crises e às construções intersubjetivas pela via da imaginação e da fantasia.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Helga Caroline Peres, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Campus de Araraquara

    Doutora em Educação pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). No momento (2024) realiza estágio pós-doutoral na Universidade Estadual Paulista/UNESP, Campus de Araraquara, na área de Educação Escolar. E-mail: helgacperes@gmail.com

Referências

ADORNO, Theodor W. Notas sobre o filme. In: ADORNO, Theodor W. Sociologia. São Paulo: Ática, 1994. p. 100-104. Coleção Grandes Cientistas Sociais.

AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da Língua Portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro: Delta, 2011

BERNARDET, Jean-Claude. O que é cinema. São Paulo: Brasiliense, 2000.

BORDWELL, David. The Way Hollywood tells it: story and style in modern movies. California: University of California, 1985.

CATELLI, Rosana Elisa. Roquette-Pinto e a Comunicação: registro, visualização e internalização da cultura. Revista Brasileira de História da Mídia, São Paulo, v. 2, n. 1, p. 145-155, 2013. https://doi.org/10.26664/issn.2238-5126.2120133893

CIPOLINI, Arlete. Não é fita, é fato: tensões entre instrumento e objeto – Um estudo sobre a utilização do cinema na educação. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

Dicionário Houaiss da língua portuguesa. 9788573029635 (enc.) Rio de Janeiro: Objetiva: Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia, 2009

DUARTE, Rosália. Cinema e Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

GRUSCHKA, Andreas. Escola, Didática e Indústria Cultural. In: DURÃO, Fabio Akcelrud; ZUIN, Antônio; VAZ, Alexandre Fernandez (orgs.) A indústria cultural hoje. São Paulo: Boitempo, 2008.

GRUSCHKA, Andreas. Pedagogia negativa como crítica da pedagogia. In: PUCCI, Bruno; ALMEIDA, Jorge de; LASTÓRIA, Luiz Antônio Calmon Nabuco. Experiência formativa & emancipação. São Paulo: Nankin, 2009. p. 137-161.

GRUSCHKA, Andreas. Teoria Crítica e Pesquisa Empírica em Educação: a escola e a sala de aula. Constelaciones – Revista de Teoria Critica, Madrid, n. 6, p. 3-31, 2014.

GUR-ZE’EV, Ilan. A formação (Bildung) e a Teoria Crítica diante da educação pós-moderna. In: PUCCI, Bruno; ALMEIDA, Jorge de; LASTÓRIA, Luiz Antônio Calmon Nabuco (org.). Experiência formativa & emancipação. São Paulo: Nankin, 2009. p. 11-35.

HORKHEIMER, Max; ADORNO, Theodor Wiesengrund. Dialética do esclarecimento. Tradução: Guido Antônio de Almeida. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.

KANT, Immanuel. Resposta à pergunta: “O que é o esclarecimento”. In: KANT, Immanuel. A paz perpétua e outros opúsculos. Tradução: Arthur Mourão. Lisboa: Ed. 70, 1987. p. 179-189 X-X.

KLUGE, Alexander. On film and the public sphere. New German Critique, Nova York, n. 24/25, Special Double Issue on New German Cinema, p. 206-220, 1988. DOI: https://doi.org/10.2307/488051

LASTÓRIA, Luiz Antônio Calmon Nabuco. Diferentes perspectivas sobre uma educação estética na atualidade. Revista on-line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 24, n. 2, p. 297-313, 2020.

LOUREIRO, Robson. Considerações sobre o cinema na Teoria Crítica. Adorno e Kluge: um diálogo possível. Piracicaba: Impulso, 2005. p. 123-134.

MARCUSE, Herbert. Eros e Civilização: uma interpretação filosófica do pensamento de Freud. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1975.

PERES, Helga Caroline. Entre choques, cortes e fissuras – a (semi)formação estética: uma análise crítica da apropriação de filmes na educação escolar. Dissertação (Mestrado em Educação Escolar) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2016.

PIPANO, Isaac; MIGLIORIN, Cezar. Cinema de Brincar. Belo Horizonte: Relicário, 2019.

PUCCI, Bruno. Filosofia negativa e arte: instrumentos e roupagens para se pensar a educação. Revista Comunicações, [s. l], v.7, n.1, p. 34-39, Jun. 2015.

SCHAEFER, S. A teoria estética em Adorno. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2012 (tese de doutorado).

TAKEMINE, Yoshikazu. A emancipação das imagens fílmicas: montagem em Theodor W. Adorno e Alexander Kluge. In: FRANCO, Roberto; PUCCI, Bruno; GOMES, Luiz Roberto (orgs.) Teoria Crítica na Era Digital: desafios. São Paulo: Nankin, 2014. p. 141-151.

XAVIER, Ismael. O discurso cinematográfico: a opacidade e a transparência. São Paulo: Paz e Terra, 1987.

ZUIN, Antônio Álvaro Soares ; PUCCI, Bruno; RAMOS-DE-OLIVEIRA, Newton. Adorno: o poder educativo do pensamento crítico. Petrópolis: Vozes, 2008.

Downloads

Publicado

2024-12-20

Como Citar

Peres, H. C. (2024). Pedagogia negativa do cinema: Primeiras aproximações. Comunicação & Educação, 29(2), 91-105. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v29i2p91-106