O fundo do poço e as motivações da censura

Autores

  • Maria Cristina Castilho Costa Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v16i1p33-43

Palavras-chave:

Censura, teatro, arquivos, etnografia de arquivos, comunicação.

Resumo

O artigo faz uma análise do processo de censura prévia de O poço (1950), de Helena Silveira, sob guarda do Arquivo
Miroel Silveira da ECA-USP. É a partir da oposição de caráter estético e político que podemos interpretar a impugnação de O
poço, e de outros textos que apresentam e discutem criticamente aspectos e fatos da realidade social. O processo nos mostra, por um lado, as tendências de uma época e a resistência do status quo ao que era inovador, transformador, provocativo, desconhecido e inusitado – na metade do
século XX, sob influência do que acontecia no mundo; e os censores estavam à procura desses sinais de subversão da ordem, da ideologia para combatê-las, mesmo que a classe artística em geral estivesse pronta para resistir. Por outro, o processo nos revela as trocas e influências entre os meios de comunicação, as linguagens, os autores e os artistas, apresentando imbricações novas e nem sempre devidamente
reconhecidas.

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Biografia do Autor

  • Maria Cristina Castilho Costa, Universidade de São Paulo
    Doutora em Ciências Sociais (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo, onde é
    livre-docente em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes. Atualmente é professora associada da Universidade de São Paulo, presidente da Comissão de Pesquisa da ECA/USP, coordenadora do Curso de Especialização Lato Sensu Gestão da Comunicação e editora da revista Comunicação & Educação.

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Publicado

2011-06-30

Como Citar

O fundo do poço e as motivações da censura. (2011). Comunicação & Educação, 16(1), 33-43. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v16i1p33-43