Jornalistas vítimas de violência: estudo das circunstâncias e repercussões subjetivas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.cpst.2024.209046Palavras-chave:
Jornalistas, Violência, Saúde mental, Assédio moralResumo
A conjuntura atual é marcada pela pandemia da Covid-19, pela radicalização da polarização político-ideológica, pela difusão massiva de fake news e pelo número crescente de ataques a jornalistas, o que configura grave ameaça à democracia e à liberdade de imprensa no Brasil. Este estudo exploratório-transversal, qualitativo-compreensivo, objetivou investigar situações de violência contra jornalistas no exercício da profissão e o impacto dessas situações na saúde mental e na subjetividade daqueles que as viveram. A produção de dados se deu por meio de entrevistas semiestruturadas; o referencial da psicodinâmica do trabalho fundamentou a análise compreensiva. As violências foram de diversas ordens: ataques em massa nas redes sociais, ameaças e intimidações, perseguições ideológicas e misóginas, doxing, assédio moral, agressões físicas, violência do público ou da polícia em coberturas de eventos. As múltiplas manifestações de violência afetaram a subjetividade e impactaram a saúde mental dos jornalistas atingidos. O estudo indica a importância de pensar em formas efetivas de apoio à categoria, dados o nível de exposição, a conjuntura desfavorável e as consequências para a saúde mental.
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