O trabalho do agente comunitário de saúde e a política de atenção básica em São Paulo, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.v13i2p225-240Palavras-chave:
Políticas públicas, Saúde, PSF, Agente comunitário de saúde, Pesquisa participante, Cotidiano de trabalhoResumo
O artigo analisa parte de pesquisa participante em Unidade Básica de Saúde (UBS) da cidade de São Paulo, Brasil, cujo objetivo é compreender aspectos da implementação do Programa de Saúde da Família (PSF) como política pública de atenção primária no embate com modelo médico-assistencial hegemônico no país. Expõe elementos de possível articulação entre pesquisa interventiva participante e formação em serviço, conformando proposta de pesquisa em que a colaboração dos participantes define seus rumos e desdobramentos. Por fim, apresenta duas situações exemplares do cotidiano da UBS, priorizando: a) dimensão política das relações de saber-poder nas equipes de PSF e destas equipes com outros profissionais da unidade e b) dimensão ideológica por meio das representações de si e dos outros nas relações de trabalho, contemplando a dinâmica do par identidade/alteridade. A análise revela, entre outros, a centralidade do agente comunitário de saúde (ACS), a quem se atribui papel de intermediário entre sistema público de saúde e população usuária dos bairros/comunidades pobres da cidade. Esse lugar de fronteira dos ACSs sofre e denuncia contradições e tensões de uma política cujas metas são definidas à revelia da experiência/saberes populares e que, concretamente, reforça os lugares de saber-poder estatais.Downloads
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