Tereza Batista cansada de guerra: um olhar feminista acerca da personagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2023.214554

Palavras-chave:

Feminismo, Literatura, Identidade

Resumo

Este trabalho analisa, a partir de uma pesquisa bibliográfica, a personagem Tereza Batista, do romance Tereza Batista cansada de guerra (1972), de Jorge Amado. O contexto no qual a obra foi produzida e a sua relação com o feminismo atual foram levados em consideração, assim como a influência da maternidade e da sexualidade na construção da identidade feminina. A análise da obra permitiu uma leitura contemporânea feminista a partir de uma perspectiva interseccional.

 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Larissa Gerasch, Universidade de Santa Cruz do Sul

    Mestranda em Letras e bolsista PROSUC/CAPES no Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade de Santa Cruz do Sul (PPGL/UNISC), que tem como área de concentração "Leitura: estudos linguísticos, literários e midiáticos". Professora de Língua Inglesa no Colégio Mauá, em Santa Cruz do Sul. Membro do grupo de pesquisa "Literatura e identidade na América Latina". Pós-graduada em Educação Bilíngue e Cognição pela Instituição Evangélica de Novo Hamburgo - IENH (2021-2023). Graduada em Letras - Português/Inglês pela UNISC (2017-2021)

  • Ângela Cristina Trevisan Felippi , Universidade de Santa Cruz do Sul

    Doutora em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2006), mestre em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2000) e graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria (1990) e em História pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Imaculada Conceição (1991). Pós-doutorado em Comunicación - Recepción y Cultura, da Universidad Católica del Uruguay (2019). Professora das graduações em Comunicação Social (2000-atual); professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (2007-atual) e Programa de Pós-Graduação em Letras (2020-atual). Coordena o Grupo de Pesquisa do CNPq Desenvolvimento Regional e Processos Socioculturais (2012-atual). Foi docente da Unisinos e da Faculdade Ielusc/SC. Teve passagem pelos jornais no Correio do Povo e em Zero Hora e na assessoria de comunicação da Emater/Ascar/RS. Na universidade, ensina, pesquisa e orienta em Estudos Culturais, Comunicação e Desenvolvimento, Análise do Discurso. Integra os grupos de Pesquisa do CNPq Estudos e Projetos em Comunicação e Estudos Culturais (UFSM) e Literatura e identidade na América Latina (UNISC).

Referências

AMADO, Jorge. Tereza Batista cansada de guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

AGUIAR, Joselia. Jorge Amado: uma biografia. São Paulo: Todavia, 2018.

BAIRROS, Luiza. Nossos feminismos revisitados. In.: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020, p. 212-221

BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo. Vol 1: Fatos e mitos. Trad. Sérgio Milliet. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1970.

BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo. Vol. 2: A experiência vivida. Trad. Sérgio Milliet. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1967.

CARNEIRO, Sueli. Eixos articuladores da violência de gênero: o racismo e a violência racial. In.: Revista Themis, Fortaleza: 5 (5): 14-23, 2017. Disponível em: https://themis.org.br/wp-content/uploads/2019/05/revista-themis-finalizada.pdf. Acesso em: 20 mar. 2022.

CARNEIRO, Sueli. Escritos de uma vida. São Paulo: Editora Jandaíra, 2018.

COSTA, Claudia de Lima. Feminismo, tradução cultural e a descolonização do saber. In.: Fragmentos, Florianópolis: 21 (2): p. 45-59, jul./dez. 2010. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/fragmentos/article/view/29649/24801. Acesso em: 19 mar. 2022.

RODRIGUES DA SILVA, Elizabete. Feminismo radical - pensamento e movimento. Travessias, Cascavel, v. 2, n. 3, p. e3107, 2010. Disponível em: https://e-revista.unioeste.br/index.php/travessias/article/view/3107. Acesso em: 22 jul. 2023.

ESCOSTEGUY, Ana Carolina D. A contribuição do olhar feminista. Intexto, Porto Alegre, v. 1, n. 3, p. 1-11, jan./jun. 1998. ISSN 1807-8583. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/intexto/article/view/3367/3951. Acesso em: 26 nov. 2022.

ESCOSTEGUY, Ana Carolina D. Estudos culturais feministas: a importância de afirmar uma nomeação. Líbero, São Paulo, v. 23, n. 46, p. 10-25, 2020. Disponível em: https://seer.casperlibero.edu.br/index.php/libero/article/view/1207. Acesso em 4 jul. 2023.

FIGUEIREDO, Ediliane Lopes Leite de. Um olhar jusliterário para o universo feminino poético e revolucionário de Jorge Amado. In.: SOUZA, Douglas de. (Org.) Itinerário 90 anos de literatura amadiana: navegações pela vida e obra do escritor. São Luís: Editora da Universidade Estadual do Maranhão; Teresina: Cancioneiro, 2022, p. 79-100.

GARCIA, Carla Cristina. Breve história do feminismo. São Paulo: Claridade, 2011.

GONZALEZ, Lélia. Cultura, etnicidade e trabalho: Efeitos linguísticos e políticos da exploração da mulher. In: RIOS, Flavia; LIMA, Márcia (Orgs.). Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Zahar, 2020, p. 25-44.

LARAIA, Roque de Barros. Cultura, um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.

LUGONES, María. Heterosexualims and the Colonial/Modern Gender System. Hypatia v. 22. n. 1, 2007. p. 186-209. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/4640051. Acesso em: 22 jul. 2023.

OYĚWÙMÍ, Oyèrónké. Conceituando o gênero: os fundamentos eurocêntricos dos conceitos feministas e o desafio das epistemologias africanas. In.: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020, p. 83-122.

ORTNER, Sherry B. Está a mulher para o homem assim como a natureza para a cultura? In: Rosaldo, M.; Lamphere, L. (orgs). A mulher, a cultura, a sociedade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. p. 95-120.

SARTI, Cynthia A. O início do feminismo sob a ditadura no Brasil: o que ficou escondido. In.: XXI Congresso Internacional da LASA (Latin American Studies Association), The Palmer House Hilton Hotel, Chicago, Illinois, p. 12, set. 1998. Disponível em: http://biblioteca.clacso.edu.ar/ar/libros/lasa98/Sarti.pdf. Acesso em: 21 nov. 2022.

STEVENS, Cristina Maria Teixeira. Ressignificando a maternidade: psicanálise e literatura. Gênero, Niteroi, v. 5, n. 2, p. 65-79, 2005. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/3781. Acesso em: 22 jul. 2023.

SWARNAKAR, Sudha. Jorge Amado: A Writer with Feminist Vision. In.: CHAVES, Vania Pinheiro; MONTEIRO, Patricia (Orgs.). 100 anos de Jorge Amado: o escritor, Portugal e o Neorrealismo. Lisboa: CLEPUL, 2015, p. 747-762.

PESQUISA REVELA QUE MULHERES JOVENS, NEGRAS E POBRES SÃO AS MAIS ATINGIDAS POR VIOLÊNCIA ÍNTIMA. Escola de Enfermagem UFMG. Disponível em: : http://www.enf.ufmg.br/index.php/noticias/2330-estudo-revela-que-mulheres-jovens-negras-e-pobres-sao-as-mais-atingidas-por-violencia-intima. Acesso em: 26 jul. 2023.

VILAÇA, Marcos Vinicios; ALBUQUERQUE, Roberto Cavalcanti de. Coronel, coronéis: apogeu e declínio do coronelismo no Nordeste. 5. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.

Downloads

Publicado

2023-12-29

Edição

Seção

Dossiê n. 32: Jorge Amado: para além dos 90 anos de publicação

Como Citar

Tereza Batista cansada de guerra: um olhar feminista acerca da personagem. (2023). Revista Crioula, 32, 163-181. https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2023.214554