A Literatura Indígena e o direito à Justiça Epistêmica: reflexões a partir das políticas educacionais e de reparação histórica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2024.229423Palavras-chave:
Literatura Indígena, Justiça Epistêmica, Educação Escolar Indígena, Lei nº 11645/2008, Reparação PolíticaResumo
Neste artigo, discutimos a centralidade da literatura indígena contemporânea para a efetivação de processos de “justiça histórica” e “epistêmica”. Para isso, partimos de questões centrais que caracterizam essa produção – a vinculação aos movimentos indígenas e a forma particular de se compreender autoria, para analisarmos seu papel em duas dimensões consideradas necessárias ao enfrentamento contra o histórico de violência vivenciado pelos povos indígenas: a escolarização e os processos de reparação política.
Downloads
Referências
ANGATU, Casé. Descolonizar o conhecimento e o ensino para enfrentar os desafios na aplicação da lei 11.645/2008: por uma história e cultura indígena decolonial. In: MATTAR, A.; SUZUKI, C.; PINHEIRO, M. (org.). A Lei 11.645/08 nas artes e na educação: perspectivas indígenas e afro-brasileiras. São Paulo: ECA-USP, 2020, p. 38-73.
DANNER, L. F.; DORRICO, T.; DANNER, F. Educação, resistência e politização: sobre o sentido da educação na literatura indígena brasileira contemporânea. Griot: Revista de Filosofia, Amargosa, v. 20, n. 3, p. 211-228, 2020.
DANNER, L. F.; DORRICO, T.; DANNER, F. Uma literatura militante: sobre a correlação de movimento indígena e literatura indígena brasileira contemporânea. ALETRIA: Revista de Estudos de Literatura, Belo Horizonte, v. 28, p. 163-181, 2018.
DORRICO, T.; RODRIGUES, C. A poética do eu-nós: uma conversa com Julie Dorrico. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n. 69, p. 1-5, 2023.
FERNANDES, J. V. S. A guerra dos 18 anos: uma perspectiva xakriabá sobre a ditadura e outros fins de mundo. Belo Horizonte: Fino Traço, 2022.
FERREIRA, Bruno. ŨN SI AG TŨ PẼ KI VẼNH KAJRÃNRÃN FÃ. O papel da escola nas comunidades Kaingang. 2020. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2020.
GRAÚNA, G. Literatura: Diversidade Étnica e outras Questões Indígenas. Todas as Musas, São Paulo, n. 2, p. 52-57, 2014.
GRAÚNA, G. Contrapontos da literatura indígena contemporânea no Brasil. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2013.
KRENAK, A. O movimento indígena e a Constituição de 1988. In: COHN, S. Encontros. Ailton Krenak. Rio de Janeiro: Beco do Azougue Editorial, 2015, p. 218-227.
KRENAK, A. Discurso de Posse. 2024. Disponível em: https://www.academia.org.br/academicos/ailton-krenak/discurso-de-posse LDB. Lei de Diretrizes e Bases da Educação, 1996.
LUIZ, J. R. Autorias indígenas nos livros didáticos do PNLD: culturas, ausências e desafios. 2022. Dissertação (Mestrado em Ensino de Educação Básica) – Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.
MUNDURUKU, D. O caráter educativo do movimento indígena brasileiro. São Paulo: Paulinas, 2012.
RUFINO, Luiz. Exu na esquina do tempo: sobre o carrego colonial e as formas de fissura. In: MATTAR, A.; SUZUKI, C.; PINHEIRO, M. (org.). A Lei 11.645/08 nas artes e na educação: perspectivas indígenas e afro-brasileiras. São Paulo: ECA-USP, 2020, p. 138-156.
TETTAMANZY, A. L. L. Palavras à espera de escuta (Prefácio). In: DORRICO, J.; DANNER, L. F.; CORREIA, H. H. S.; DANNER, F. (org.). Literatura indígena brasileira contemporânea: criação, crítica e recepção. Porto Alegre: Fi, 2018, p. 15-24.
TUKANO, D. H. F. S. UKUSHE KITI NIISHE. Direito à memória e à verdade na perspectiva da educação cerimonial de quatro mestres indígenas. 2018. Dissertação (Mestrado em Direitos Humanos e Cidadania) – Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
TUPINAMBÁ, J. A educação escolar indígena Tupinambá como mecanismo de reparação e não-repetição. In: ZEMA, A. C.; MOREIRA, E.; ZELIC, M. Demarcar é reparar. Olhar indígena sobre a Justiça de Transição no Brasil. São Paulo: Selo da Rua, 2023, p. 97-111.
ZEMA, A. C. Z. et al. Historical justice and reparation for Indigenous Peoples in Brazil and Canada. Vibrant: Virtual Brazilian Anthropology, Brasília, DF, v. 18, p. 1-19, 2021.
XAKRIABÁ, C. N. C. O barro, o genipapo e o giz no fazer epistemológico de autoria Xakriabá: reativação da memória por uma educação territorializada. 2018. Dissertação (Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais) – Centro de Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília, Brasília, 2018.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Juliana Ventura de Souza Fernandes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.