Cenas da escrita distópica em Golgona Anghel

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DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v13i25p97-111

Palavras-chave:

Golgona Anghel, Ironia, Poesia portuguesa contemporânea, Ética

Resumo

Reflexão sobre a poesia de Golgona Anghel discutindo a relação entre poesia e ética na contemporaneidade. Constata-se, por meio de uma escrita atenta ao cotidiano da cidade (Lisboa) e às vivências do tempo presente, uma discursividade construída por meio da “partilha do sensível”, ou seja, por uma linguagem que afeta os sujeitos e que os leva à consciência da realidade marcada por fracassos e perdas. Observa-se nos gestos de escrita, principalmente nas obras Como uma flor de plástico na montra de um talho (2013) e Nadar na piscina dos pequenos (2017), uma dicção irônica e risível que revela um modo de narrar/partilhar o real em uma poética afetuosa na qual poeta e sujeitos compartilham do desencanto da sociedade do espetáculo. Conclui-se que a distopia latente nas cenas de escrita dos poemas é equilibrada pela partilha de uma linguagem de vai de encontro com o outro.

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Biografia do Autor

  • Paulo Alberto da Silva Sales, Instituto Federal Goiano

    Docente da área de Linguagens no Instituto Federal Goiano, Câmpus Hidrolândia, e no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade da Universidade Estadual de Goiás, Campus Cora Coralina. Desenvolve Estágio Pós-Doutoral em Estudos de Literatura na Universidade Federal Fluminense, sob supervisão da Profa. Dra. Ida Alves e co-supervisão da Profa. Celia Pedrosa. 

     

     

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Publicado

2021-12-28

Como Citar

Sales, P. A. da S. (2021). Cenas da escrita distópica em Golgona Anghel. Revista Desassossego, 13(25), 97-111. https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v13i25p97-111