Lembro, logo existo: uma leitura de Fazes-me falta, de Inês Pedrosa
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v17i33p266-285Palabras clave:
Memória, Morte, Polifonia, Inês Pedrosa, Fazes-me faltaResumen
Este trabalho apresenta um recorte acerca da exploração dos jogos da memória no romance Fazes-me falta (2010), da autora portuguesa Inês Pedrosa. Parte-se do princípio de que, entre as ações, aparentemente, antagônicas de recordar e olvidar, as personagens empreendem uma verdadeira viagem para dentro de si mesmas, num processo dialógico de busca por autoconhecimento e definição do lugar do outro em suas vidas. Nesse sentido, os laços afetivos do casal protagonista da obra precisam ser reconstruídos e reconfigurados diante da morte de um deles. As vozes alternadas, ora da mulher, ora do homem, grafam essas tentativas discursivas, cuja aposta é a diversidade complementar ao processo de lembrar e esquecer. Para acompanhar este percurso complexo de vozes e desejos, usamos o conceito de polifonia de Bakhtin (2008), bem como as definições acerca da memória e do esquecimento de Bergson (1999), Ricoeur (2007) e Le Goff (2003).Descargas
Referencias
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