Schopenhauer contra Hegel? A estratégia genealógica de Gérard Lebrun
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2025.244129Palavras-chave:
Lebrun, Avesso da dialética, Schopenhauer, Nietzsche, HegelResumo
Em 2016 a Revista Discurso publicou o Dossiê Gérard Lebrun. Em 28 páginas o leitor encontra um plano de pesquisa (datado de 1988), um relatório de atividades (de 1988 a 1990), um projeto de pesquisa (indicado como de 1982) e um plano de trabalho (de 1987), todos encaminhados ao Departamento de Filosofia da USP, onde Lebrun foi professor por vários períodos. Além desses documentos, o dossiê contém também textos escritos por Ruy Fausto, Maria Lúcia Cacciola e Carlos Alberto Ribeiro de Moura, que comentam sob determinados aspectos esses documentos produzidos por Lebrun. Este artigo pretende analisar, à luz desse Dossiê, o papel mais estratégico de Schopenhauer em O avesso da dialética, de Gérard Lebrun. No livro, a importância dele evidencia-se em três pontos pelo menos: nas críticas de Nietzsche ao cristianismo e ao niilismo, e na construção da noção de grande suspeita como estratégia linguística que consegue se contrapor à dialética hegeliana. É neste último aspecto que Schopenhauer se mostra particularmente um autor fundamental para o livro de Lebrun.
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