Uma suposta contradição na ciência inglesa do século XVII: divulgação x sigilo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2000.38044Palavras-chave:
ciência moderna, - Inglaterra - século XVII, R. Boyle, literatura hermética, J. Wilkins, C. Drebbel, divulgação científica, sigilo, sociedades científicasResumo
Estudos recentes vêm revisando a composição da literatura que, ao longo do século XVIII serviu como base às ciências em território britânico. Segundo esses estudos, os seiscentistas de fala inglesa dedicaram-se a duas linhagens de texto, originadas em concepções de ciência muito distintas. Uma dessas linhagens tinha como fonte principal a antiga “literatura do segredo” que incluía desde velhos e sigilosos manuais de ofício até os milenares e proibidos tratados de hermética, literatura antes reservada a poucos. Diferente dessa, a outra ]inhagem de textos surgia como um direto da proposta baconiana para a nova ciência: um saber elaborado por muitos e ao alcance de todos. Exemplos conhecidos dessa linhagem são os livros de divulgação utilizados pelos comenianos ingleses ou mesmo os relatórios, atas e memórias das sociedades científicas, geradores dos primeiros embriões de periódicos dedicados às ciências. Todavia, sob essa aparente contraposição das duas linhagens, há indícios de um profícuo diálogo - expresso sobretudo na correspondência e diários pensadores da épocaDownloads
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