Desmatamento, degradação e violência no "Mosaico Gurupi" - A região mais ameaçada da Amazônia

Autores

  • Danielle Celentano Universidade Estadual do Maranhão; Programa de Pós-Graduação em Agroecologia
  • Magda V. C. Miranda Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologias Espaciais
  • Eloisa Neves Mendonça Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologias Espaciais
  • Guillaume X. Rousseau Programa de Pesquisa em Biodiversidade
  • Francisca Helena Muniz Programa de Pesquisa em Biodiversidade
  • Vivian do Carmo Loch Universidade Estadual do Maranhão; Programa de Pós-Graduação em Agroecologia
  • István van Deursen Varga Universidade Federal do Maranhão; Programa de Pós-Graduação em Saúde e Ambiente
  • Luciana Freitas Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
  • Patrícia Araújo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
  • Igor da Silva Narvaes Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais; Centro Regional da Amazônia
  • Marcos Adami Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais; Centro Regional da Amazônia
  • Alessandra Rodrigues Gomes Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais; Centro Regional da Amazônia
  • Jane C. Rodrigues Universidade Federal do Maranhão; Programa de Pós- Graduação em Desenvolvimento Socioespacial e Regional
  • Cláudia Kahwage Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará
  • Marcos Pinheiro Rede de Mosaico de Áreas Protegidas
  • Marlúcia B. Martins Programa de Pesquisa em Biodiversidade

Palavras-chave:

Desmatamento ilegal, Queimadas, Florestas secundárias, Terras indígenas, Reserva Biológica do Gurupi, Área de Endemismo Belém, Corredor Ecológico da Amazônia Maranhense

Resumo

O "Mosaico Gurupi" está localizado entre o oeste do Maranhão e o leste do Pará, na Área de Endemismo Belém, que embora seja a região mais desmatada do Bioma Amazônico no Brasil, preserva uma diversidade cultural e biológica superlativa. O mosaico engloba seis Terras Indígenas (Alto Turiaçu, Awá, Caru, Arariboia, Rio Pindaré e Alto Rio Guamá) e uma Unidade de Conservação (Reserva Biológica do Gurupi). Essas áreas protegidas conservam os principais remanescentes florestais da região e garantem a manutenção de serviços ecossistêmicos essenciais aos dois estados, principalmente de regulação hidrológica. No entanto, essa região vive sob ameaças constantes de desmatamento e de degradação pela extração ilegal de madeira, e por incêndios criminosos. Os povos indígenas e lideranças comunitárias da região são vitimados pela violência associada a tais crimes. Para promover a conservação e a restauração dessas áreas, uma rede formada por diversas instituições indígenas e não indígenas vem trabalhando em conjunto para o reconhecimento do "Mosaico Gurupi" pelo Ministério do Meio Ambiente. A proposta aqui apresentada inclui o mosaico em questão e o Corredor Ecológico da Amazônia Maranhense, que irá conectar os principais remanescentes florestais da região, por meio da restauração das matas ciliares ao longo dos rios Buriticupu, Pindaré e Zutiua. A conformação do mosaico visa integrar esforços para a proteção territorial, a restauração florestal e o fortalecimento da cultura e educação indígena; o que poderá converter a região mais ameaçada da Amazônia em um exemplo de conservação e sustentabilidade econômica e social por meio da promoção da restauração florestal.

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Publicado

2018-04-01

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Como Citar

Celentano, D., Miranda, M. V. C., Mendonça, E. N., Rousseau, G. X., Muniz, F. H., Loch, V. do C., Varga, I. van D., Freitas, L., Araújo, P., Narvaes, I. da S., Adami, M., Gomes, A. R., Rodrigues, J. C., Kahwage, C., Pinheiro, M., & Martins, M. B. (2018). Desmatamento, degradação e violência no "Mosaico Gurupi" - A região mais ameaçada da Amazônia. Estudos Avançados, 32(92), 315-339. https://revistas.usp.br/eav/article/view/146453