Carvão fóssil

Autores

  • Aramis Pereira Gomes Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais; Superintendência Regional de Porto Alegre
  • José Alcides F. Ferreira Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais; Superintendência Regional de Porto Alegre
  • Luiz Fernando de Albuquerque Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais; Superintendência Regional de Porto Alegre
  • Telmo Süffert Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais; Superintendência Regional de Porto Alegre

Resumo

A HISTÓRIA DO CARVÃO fóssil no Brasil tem início em 1795 (primeira descoberta), mas somente a partir da Segunda Guerra Mundial passa a adquirir status de indústria moderna. De 1970 em diante têm lugar trabalhos de pesquisa geológica sob bases técnicas adequadas que mudaram o panorama do conhecimento de nossos depósitos. Há oito grandes jazidas e diversas menores no Brasil, sendo que 88% dos recursos estão no Rio Grande do Sul. Os parâmetros geométricos e físico-químicos são conceituados e apresentados para os principais depósitos. As reservas mundiais de carvão são cerca de quatro vezes superiores às de seus principais concorrentes: petróleo e gás natural, além de terem distribuição geográfica mais desconcentrada. O maior consumo de carvão nacional está na termoeletricidade; outros consumidores são a indústria cimenteira, petroquímica, papel e celulose, alimentos e cerâmica. A siderurgia, que já foi grande consumidora, hoje depende inteiramente de importações. O balanço de exportações/importações mostra um déficit de US$ 807 milhões, sendo o segundo produto na pauta de importações. Mais do que a insuficiência de recursos, constata-se serem as dificuldades na indústria carbonífera devidas a erros de planejamento, de caráter técnico e político, tornando-se necessário, portanto, resolver os problemas pendentes do passado antes de projetar novos empreendimentos.

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Publicado

1998-08-01

Edição

Seção

Dossiê Recursos Naturais

Como Citar

Gomes, A. P., Ferreira, J. A. F., Albuquerque, L. F. de, & Süffert, T. (1998). Carvão fóssil . Estudos Avançados, 12(33), 89-106. https://revistas.usp.br/eav/article/view/9409