Cairu e a patologia da Revolução
Resumo
ESTE ARTIGO pretende resgatar, em traços largos, o caráter corretivo do discurso moralizador de José da Silva Lisboa, o visconde de Cairu, em sua Constituição moral e deveres do cidadão (1824-1825), sugerido, por meio de passagens brilhantes daquele tratado, como a imagem da Revolução, espelhando-se na experiência duplamente "catastrófica" da França e do Haiti, projeta-se sobre o cenário do Novo Império que nascia. No registro conservador de Silva Lisboa, o discurso moralizador parece capaz de fundar uma nova Ordem nos trópicos, protegendo a "Mocidade Brasileira" da sedução dos princípios renovadores, mantendo firmes e bem atados os nós de um tecido social que a loucura dos revolucionários ameaçava, ao fazer despontar, no horizonte da jovem Nação, o perigo da dissolução e da corrupção do corpo político.Downloads
Os dados de download ainda não estão disponíveis.
Downloads
Publicado
2003-12-01
Edição
Seção
História Cultural
Licença
Estudos Avançados não celebra contrato de cessão de direitos autorais com seus colaboradores, razão pela qual não detém os direitos autorais dos artigos publicados. Os interessados em reproduzir artigos publicados na revista devem necessariamente obter o consentimento do autor e atribuir devidamente os créditos ao periódico.
Como Citar
Monteiro, P. M. (2003). Cairu e a patologia da Revolução . Estudos Avançados, 17(49), 349-358. https://revistas.usp.br/eav/article/view/9962