Desigualdades e limites deveriam estar no centro da Rio+20

Autores/as

  • Ricardo Abramovay USP; FEA; Departamento de Economia

Palabras clave:

Desigualdades, Ecossistemas, Intensidade material, Intensidade energética, Mudanças climáticas, Biodiversidade

Resumen

O ano de 2011 foi marcado por um conjunto de estudos (muitos dos quais patrocinados pelas Nações Unidas) segundo os quais o sistema econômico mundial já ultrapassa perigosamente algumas fronteiras ecossistêmicas, especialmente no que se refere ao clima, à biodiversidade e ao ciclo do nitrogênio. Longe, entretanto, de apoiar-se nessas conclusões, o documento inicial para a Rio+20 preconiza como solução para os grandes problemas socioambientais contemporâneos o aprofundamento daquilo que já vem sendo feito: ampliar o combate à pobreza e aprofundar a cooperação internacional em direção à ecoeficiência. Este trabalho procura mostrar que são significativas as conquistas dos últimos vinte anos nessas duas direções. Mas não há condições materiais de persistir no sucesso da luta contra a pobreza caso se perpetue a ilusão de que a desigualdade deve ser enfrentada sem que se altere o poder sobre os recursos ecossistêmicos dos que se encontram nos andares de cima da pirâmide social.

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Publicado

2012-01-01

Número

Sección

Dossiê Sustentabilidade

Cómo citar

Abramovay, R. (2012). Desigualdades e limites deveriam estar no centro da Rio+20. Estudos Avançados, 26(74), 21-34. https://revistas.usp.br/eav/article/view/10622