Natureza e modernismo: Mário de Andrade e Villa-Lobos antes da Semana
DOI:
https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2022.36104.008Palabras clave:
Mário de Andrade, Villa-Lobos, Nacionalismo, Modernismo, Música brasileiraResumen
No início da década de 1920 a discussão em torno da música ainda não aproximara Mário de Andrade e Villa-Lobos, ambos “atores” que se tornarão protagonistas após suas participações na Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922. O musicólogo paulista trava conhecimento com a obra do compositor carioca, curioso para conhecer novas possibilidades na esfera da criação musical, e o maestro, por sua vez, ambiciona firmar seu nome em novos palcos, provavelmente almejando apresentar-se em São Paulo. Ambos têm acesso eventual à imprensa, por ocasião da divulgação de concertos - caso do compositor - ou acompanhando a temporada de óperas e concertos - caso do crítico e musicólogo. Em textos pontuais pode-se constatar a busca de uma cristalização para a linguagem musical brasileira por caminhos que ainda os mantém muito próximos do nacionalismo romântico impregnado das imagens de pátria, natureza e origem ancestral da população.
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