Apagamentos de corpos: educação, corpo-enunciado e resistências
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-4634202147226976Palavras-chave:
Corpos, Educação, Resistências, DesenunciaçãoResumo
Corpos ainda são anunciados, enunciados, analisados, estudados e (con)formados em várias instâncias, principalmente nos espaços escolares. O objetivo geral desse texto é refletir sobre o corpo como enunciado para depois compreender uma possível prática dentro do universo educacional: a desenunciação. O termo educação nesta pesquisa não se resume apenas às instituições formais e/ou informais de ensino, mas a todas as relações articuladas na sociedade que representam processos de ensino. A intenção é denotar o quanto os corpos, ainda mais de pessoas travestis, são vinculados às noções de poder, que se revelam a partir dos discursos, de leis, interditos, construções, regulamentos etc. A proposta metodológica foi estruturada segundo análises de material bibliográfico, como teses, livros e artigos; pautada no referencial foucaultiano e em teorizações que dialoguem com ele. As escolas, ou também os espaços não-escolares, ainda necessitam se reinventar, reelaborar, modificar e apontar modos tácitos, de expressões corporais igualitárias e empoderadoras. Assim, a questão central deste trabalho é compreender como as articulações atravessadas pelo Estado, sob a categoria de desenunciação, destituem os sujeitos de suas especificidades a fim de que exista apenas um núcleo apagado, como um dado ou um número. A pesquisa conclui que as estruturas utilizadas pelos sistemas educacionais, aqui pensados segundo sistemas ancorados na desenunciação, destituem, por exemplo, as travestis de suas existências, de modo belicoso e articulado, a fim de manter o controle sobre a norma.
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