O “bom trabalho” e a formação de pedagogas
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-4634202248237778engPalavras-chave:
Pedagogia, Bom trabalho, Licenciatura, Ética, Formação profissionalResumo
A pesquisa, de caráter exploratório, teve como objetivo analisar as compreensões de estudantes de licenciatura em pedagogia acerca do conceito de “bom trabalho” (good work), fundamentado em princípios de excelência, ética e engajamento. Para tanto, foram desenvolvidas atividades propostas pelo GoodWork Toolkit, contemplando as três dimensões do conceito. Participaram da investigação dezoito graduandas do último ano do curso de licenciatura em pedagogia de uma universidade pública estadual do Paraná. Os resultados indicam que as questões relacionadas à excelência e, de modo mais restrito, à ética são bastante presentes nas compreensões das licenciandas, embora estejam primordialmente centradas em componentes individuais e do âmbito da atividade, em detrimento de aspectos vinculados ao campo da educação e à sociedade de forma mais ampla. Já a dimensão do engajamento – centrado na satisfação e realização pessoal no desempenho da profissão, bem como no sentido que o trabalho adquire – acaba ficando em segundo plano, devido ao significado de necessidade e sobrevivência associado ao trabalho e, ainda, à ênfase dada ao exercício qualificado das funções. As análises sugerem a relevância de se trabalhar, na formação em pedagogia, a ética profissional, além do compromisso e as responsabilidades que abarquem não apenas o âmbito individual, mas também os impactos do trabalho na sociedade, e, ainda, de enfatizar a dimensão do engajamento, o que pode, inclusive, contribuir para a ressignificação do sentido da docência como vocação.
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