Sobre a construção do objeto em sociologia: categorias bourdieusianas para compreender os “adeptos da sustentabilidade”

Autores

  • Bruno Costa Barreiros Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1678-4634202248254863por

Palavras-chave:

Metodologia de pesquisa, Sociologia econômica, Escolas de negócios, Sociologia das elites, Pierre Bourdieu

Resumo

paper aborda o tema da construção do objeto sociológico a partir de uma pesquisa sobre a apropriação da ideia de “sustentabilidade” por agentes engajados no campo econômico. O objetivo principal é discutir, a partir de uma pesquisa em andamento, a relevância dos aportes de Pierre Bourdieu no que se refere às formas de construir, desenhar e operacionalizar pesquisas sociais. Trata-se também de minimizar a lacuna de trabalhos que explicitem diretamente os meandros do fazer sociológico, do rompimento com o senso comum até os desdobramentos analíticos derivados do processo de investigação. A investigação, iniciada em 2015, tem dimensões analíticas que enfatizam desde a sociogênese do fenômeno da chamada sustentabilidade empresarial e a formação de uma elite de top managers adeptos até os processos educacionais em escolas de negócios. Primeiramente, o artigo trata da necessidade de rompimento com as prenoções que baseiam o senso comum sobre a sustentabilidade empresarial e do caminho percorrido até a pergunta norteadora. Em seguida, destaca as categorias sociológicas que facilitaram a operacionalização das duas primeiras frentes de pesquisa: a análise sociogenética e a prosopografia de uma elite de adeptos. Por fim, os contornos atuais do objeto de pesquisa são apresentados, cuja aposta se dá na dimensão da reprodução social dos adeptos da sustentabilidade empresarial, que ocorre por meio da educação gerencial em escolas de negócios.

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Publicado

2022-07-18

Edição

Seção

SEÇÃO TEMÁTICA: 20 anos depois: pensar com e sem Bourdieu

Como Citar

Sobre a construção do objeto em sociologia: categorias bourdieusianas para compreender os “adeptos da sustentabilidade”. (2022). Educação E Pesquisa, 48(contínuo), e254863. https://doi.org/10.1590/S1678-4634202248254863por