A sementeira do porvir: higiene e infância no século XIX
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1517-97022000000100008Palavras-chave:
História da educação, Infância, Higiene, Educação escolarResumo
Este artigo apresenta uma análise e reflexão sobre a produção da idéia da infância no Brasil. Religião, ciência, progresso, indústria, comércio e civilização são alguns dos signos que têm participado da configuração e construção desse conceito no contexto brasileiro. Diante da complexidade da questão e da proliferação dos discursos sobre a infância, examina-se aqui um deles, bastante expressivo no século XIX, que incide na combinatória entre regenerar e civilizar. Esta fórmula, cuja legitimidade foi forjada no interior da ordem médica, determinou que o trabalho viesse a focalizar a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (FMRJ), um dos lugares em que o tema da infância esteve presente regularmente ao longo do século XIX. Com a perspectiva de analisar as representações que a respeito da infância foram produzidas, trabalhou-se com parte da produção da FMRJ, sobretudo com as teses defendidas pelos alunos ao final do curso para a obtenção do título de doutor. Além disto, fez-se incursões precisas nas atas do I Congresso Brasileiro de Protecção á Infância e no conjunto das teses da I Conferência Nacional de Educação, na tentativa de indicar a permanência da infância na ordem do discurso médico, a ênfase na necessidade de sua higienização e certos deslocamentos das representações.Downloads
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Publicado
2000-01-01
Edição
Seção
Em Foco: A Infância na História
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Como Citar
A sementeira do porvir: higiene e infância no século XIX . (2000). Educação E Pesquisa, 26(1), 99-117. https://doi.org/10.1590/S1517-97022000000100008