Retórica do Arquivamento: patrimonialização, memória e esquecimento nos tombamentos do Centro Histórico Expandido de Campinas – SP
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8855.v8i8p138-173Palavras-chave:
Arquivos, História de Campinas, Inventários, Memória e esquecimento, Patrimônio históricoResumo
Ao fim do século XIX e começo do século XX, Campinas, localizada no oeste paulista, passava por profundas mudanças: um dos principais centros do comércio cafeeiro oitocentista viu um incipiente esforço modernizador se instaurar conforme a industrialização se concretizava no município. Com isso, a cidade passou por uma substancial mudança de seu centro enquanto novas construções aos moldes da linguagem arquitetônica eclética se popularizavam. Tais transformações marcam tanto a organização espacial, quanto a história de Campinas. Nesse contexto, o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (CONDEPACC), o departamento de história da Unicamp e a FAPESP deram início, em 2005, à produção do Inventário do Centro Histórico Expandido de Campinas, com o objetivo de catalogar esses imóveis e servir-lhes como ferramenta de preservação. No entanto, a maioria dos estudos de tombamento abertos através do Inventário foram desfigurados e arquivados. A presente pesquisa, através de estudo documental desses processos renegados, visitas de campo aos imóveis e do debate historiográfico em relação ao arquivo, ao patrimônio, à memória e ao esquecimento, passou a tratar o inventário também como ferramenta historiográfica. Como resultado, construiu-se o termo não-patrimônio como sugestão de categoria dos estudos patrimoniais para caracterizar os processos de estudo de tombamento arquivados, mas plenamente funcionais enquanto fontes narrativas da História.
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Números do Financiamento R$ 4800