Notas sobre Roda Viva: 1968-2018
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8855.v11i1p527-542Palavras-chave:
Chico Baurque, Resistência cultural, Teatro Oficina, Tropicalismo, Roda VivaResumo
O presente ensaio possui como objetivo uma análise comparada das encenações de 1968 e 2018 da peça-musical Roda Viva, de Chico Buarque de Hollanda, montada e dirigida, em ambas as ocasiões, pelo Teatro Oficina e José Celso Martinez Corrêa. Com cinquenta anos de intervalo entre uma e outra, denota-se uma alteração na forma da montagem: a agressão da primeira versão, na esteira do golpe civil-militar de 1964 e da ditadura instalada, dá lugar a um rito coletivo de resistência, agora na esteira do golpe parlamentar de 2016 e do pleito presidencial de 2018. A indústria cultural, cerne dos problemas na primeira montagem, é expandida – e a tropicália do Oficina, conhecida por sua radicalidade formal, dá lugar a uma roupagem esvaziada do resistir.
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