Cartografia e Restauração: John Narborough e o processo de legitimação da expansão ultramarina inglesa no Estreito de Magalhães através dos mapas

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DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8855.v12i1p156-196

Palavras-chave:

Cartografia, Estreito de Magalhães, Restauração, Colonialismo

Resumo

O objetivo deste artigo é apresentar e analisar as formas de construção de um discurso espacial colonialista realizado no Estreito de Magalhães por Sir John Narborough entre 1669 e 1671, sob ordens diretas de Carlos II da Inglaterra. A cartografia no século XVII era muito mais que apenas uma forma de representação pictórica de espaços geográficos, era uma linguagem com poder intrínseco de possessão e legitimação territorial dentro da política dos impérios ultramarinos europeus. Narborough deixou mapas e um diário sobre sua expedição, além de mapas subsequentes feitos por outros cartógrafos terem sido baseados nos seus; compreendê-los ante termos humanos revela-nos outras formas de competição e colonialismo encontrados pelas potências marítimas da Europa para justificar suas navegações. Na discussão apresentada neste artigo, a política externa e as competições mercantis do final do século XVII serão compreendidas pela metodologia da cartografia crítica. Os contextos restauracionistas de 1640 de Portugal e 1660 da Inglaterra cruzaram-se em 1662 com o casamento de D. Catarina de Bragança com Carlos II, e o ápice do processo inglês de legitimação colonial ultramarina nessa época ocorreria com a expedição de 1669, parcialmente impulsionada pela recente aliança anglo-lusitana.

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Publicado

2023-10-31

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Artigos

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Como Citar

Barbosa, R. C. (2023). Cartografia e Restauração: John Narborough e o processo de legitimação da expansão ultramarina inglesa no Estreito de Magalhães através dos mapas. Epígrafe, 12(1), 156-196. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8855.v12i1p156-196