A memória, o guardião e as narrativas: experiências nos arquivos e instituições históricas de Belém do Pará
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8855.v13i2p14-38Palavras-chave:
Arquivos, Identidades, MemóriaResumo
Tendo vivenciado os espaços da memória em instituições da capital paraense através das práticas de estágio supervisionado, como o Arquivo Público do Estado do Pará e o Centro Cultural e Turístico Tancredo Neves (Centur), objetivamos discutir as experiências e aprendizados a essas instituições responsáveis pela salvaguarda da documentação histórica da Amazônia, documentação essa responsável por servir como elemento fundamental para a escrita de narrativas históricas acerca da região e de seus processos políticos, econômicos e socioculturais. Para isso, discutimos os conceitos de memória, identidade, história e patrimônio histórico presentes tanto nas documentações históricas desses arquivos, quanto na bibliografia acerca do tema. Posto isso, em linhas gerais, as atividades empregadas no Arquivo Público do Estado do Pará, bem como no Centro Cultural e Turístico Tancredo Neves, demonstram que as dinâmicas de funcionamento desses espaços e a salvaguarda da documentação histórica estão diretamente ligadas à forma como esses espaços lidam com os indivíduos e com o espaço em que funciona. Por fim, conclui-se que o Arquivo Público do Estado do Pará proporciona uma experiência mais profissional com o tratamento das fontes históricas, há um complexo processo de verificação dos dados de cada documento que chega na instituição, mas se demonstra inacessível ao grande público pelo mesmo motivo. Contudo, o Centur carece dessa acurácia das fontes, mas oferece ao mesmo tempo um espaço mais acolhedor e, consequentemente, mais frequência de pesquisa do grande público e contato com a documentação histórica.
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