Idealização limitante: a representação da mãe nos Anos Dourados
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8855.v14i1p528-552Palavras-chave:
Anos Dourados, gênero, maternidadeResumo
O presente trabalho utiliza dois folhetos publicitários de homenagem para o Dia das Mães, distribuídos pela empresa Refinações de Milho Brasil, produtora da marca Maizena, datadas de 1957 e 1961, para analisar a construção imagética da mulher perpassada pela maternidade. Para tal, recorre a abordagem teórico-metodológica da História cultural, centrada na noção de representação proposta por Chartier (1990, 1991, 2000). Somado a isso, baseia-se em autores como Badinter (1985), Beauvoir (1967), Butler (2018), Bourdieu (2012), Okin (2008) e Tedeschi (2012) para compreensão de como o ideal de mulher e maternidade são construídos e endereçados às mulheres a partir de distinções de gênero. Junto disso, busca-se dialogar com Azzi (1987), Pinsky (2009), Cerezer (2008) e D’Incao (2000) na análise do contexto, a fim de compreender como os anúncios inferem nas conquistas das mulheres na época. Assim sendo, as conclusões apontam para uma representação idealizada, tradicional e religiosa, que em um cenário de avanços femininos no espaço público é uma dissonância explicada pelo tempo cultural de longa duração.
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Referências
Fontes
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Imagens
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