Racismo linguístico no Brasil: uma herança da colonização

Autores

  • Arthur Gabriel Mendonça Cabral Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8855.v14i1p890-914

Palavras-chave:

Diversidade linguística, educação, linguagem, oralidade, racismo linguístico

Resumo

Este ensaio tem como objetivo examinar o racismo linguístico no Brasil, investigando suas origens coloniais e os efeitos nas relações sociais contemporâneas. A análise é baseada nas teorias de Nego Bispo, Lélia Gonzalez, Irandé Antunes e outros, especialmente no que se refere à interpretação de textos. A metodologia adotada combina debates acadêmicos e pesquisa bibliográfica. Nas conclusões, destaca-se a importância de valorizar as expressões linguísticas afro-brasileiras, reconhecendo-as como uma forma de resistência e inclusão. Dessa forma, é possível combater a opressão e promover a dignidade das populações afro-brasileiras.

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Biografia do Autor

  • Arthur Gabriel Mendonça Cabral, Universidade Federal Fluminense

     Graduando em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Pesquisa sobre Ensino de História, História Oral, História Pública, Decolonialidade e Diversidade Social. E-mail: arthur_cabral@id.uff.br

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Publicado

2025-08-29

Edição

Seção

Ensaios

Como Citar

Cabral, A. G. M. . (2025). Racismo linguístico no Brasil: uma herança da colonização. Epígrafe, 14(1), 890-914. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8855.v14i1p890-914