Uma genealogia conceitual da liberdade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-8855.v14i1p949-960

Palavras-chave:

História Intelectual, liberdade, Quentin Skinner

Resumo

Quentin Skinner, renomado historiador britânico, lançou em fevereiro de 2025 a obra Liberty as Independence: The Making and Unmaking of a Political Ideal, que se configura como uma valiosa análise histórica do conceito de liberdade desde o final da Época Moderna. O livro explora a evolução da ideia de liberdade, com foco na transição de uma concepção “neo-Romana” para a da liberdade como "não-interferência". Dialogando em oposição às concepções de Isaiah Berlin, o autor argumenta que, historicamente, o conceito hegemônico era da liberdade como "não-dependência”. A análise de Skinner percorre a discussão da liberdade neo-Romana no mundo britânico após as Revoluções Inglesas, a forma como esse ideal foi apropriado nos contextos da Independência dos Estados Unidos e da Revolução Francesa, e o subsequente desenvolvimento da liberdade como não-interferência. Esta resenha apresenta o livro como uma contribuição singular, tanto em relação às outras obras do autor, quanto à História Intelectual como um todo.

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Biografia do Autor

  • Felipe Oliverio Bergonso, Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

    Graduando em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (Universidade de São Paulo), interessado em História Moderna, Era das Revoluções Atlânticas e História Intelectual. Membro do núcleo de Pesquisa "Iluminismo, Revoluções e História Intelectual" do LabMundi/USP, coordenado pelo Prof. Dr. Daniel Gomes de Carvalho e pelo Me. Gino de Castro Pinori.

Referências

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Publicado

2025-08-29

Edição

Seção

Resenhas

Como Citar

Bergonso, F. O. . (2025). Uma genealogia conceitual da liberdade. Epígrafe, 14(1), 949-960. https://doi.org/10.11606/issn.2318-8855.v14i1p949-960