Usos e reusos de um imaginário social da Josina Machel em Moçambique pós-colonial (1975 e 1986)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8855.v14i1p848-871Palavras-chave:
FRELIMO, Josina Machel, memória, MoçambiqueResumo
Em 2025, ano de celebração dos 50 anos de Independência de Moçambique, impõe-se uma revisitação crítica ao processo histórico de construção da memória nacional, com foco na figura de Josina Muthemba Machel. O presente artigo, à luz da História Comparada, busca compreender a mobilização política da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) da imagem de Josina Machel em diferentes contextos, em especial nos anos de 1975 e 1986, observando a produção de sucessivas (re)invenções de sua figura como símbolo da nova mulher moçambicana. A análise ancora-se, metodologicamente, na História Comparada, possibilitando investigar os diferentes contextos históricos no Estado moçambicano e identificar as continuidades, bem como os distanciamentos nos usos políticos da memória de Josina. O corpus documental da pesquisa é composto pela edição 236 de 1975 da Revista Tempo e a 2ª edição da Revista Mulher Moçambicana, Boletim da O.M.M. de 1986, investigando em ambos os periódicos a produção de memória(s) em torno de um imaginário.
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Imagens
Imagem 1: FRELIMO. Cartaz comemorativo do primeiro aniversário da morte da camarada Josina Machel: “As flores que caem da árvore vêm preparar a terra para que novas e mais belas flores cresçam na estação seguinte. A tua vida continua nos continuadores da revolução.” 7 abr. 1972. Fotografia: Fundação Mário Soares e Maria Barroso / Documentos Dalila Mateus.
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