O ESTADO ENTRE A HISTÓRIA E A ETERNIDADE

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DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2023.197836

Palavras-chave:

Espinosa, Eternidade, Morte, Indivíduo, Revolução, Renovação

Resumo

A dissolução (ou morte) estatal é uma preocupação comum a todos os autores contratualistas. Na sua maioria, eles consideram o estado um corpo mortal que, bem ou mal constituído, está inevitavelmente condenando a dissolver- se. E quanto a Espinosa? Acaso pensa o autor que o corpo político, tal como o corpo humano, tem uma morte certa, inevitável; ou julga, pelo contrário, que o estado pode ser eterno? Esta é a questão a que aqui se procura responder, analisando, para isso, várias passagens dispersas do Tratado Teológico-Político e do Tratado Político em que o assunto é (direta ou indiretamente) tratado. Da interpretação que apresentamos, deverá resultar claro que o problema da morte estatal não tem apenas um interesse teórico, mas está relacionada com aqueles que são, para Espinosa, os limites práticos da ciência política. 

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Publicado

2023-06-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Pina, A. (2023). O ESTADO ENTRE A HISTÓRIA E A ETERNIDADE. Cadernos Espinosanos, 48, 99-125. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2023.197836