O cosmopolitismo exclui a guerra? Leibniz crítico da ideia de paz perpétua
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2023.218045Palavras-chave:
Guerra, Paz perpétua, Política, Leibniz, Castel de Saint-Pierre, Cosmopolitismo, InternacionalismoResumo
O objetivo deste artigo é examinar a natureza do cosmopolitismo leibniziano e os fundamentos sobre os quais ele repousa. Procura-se resolver a aparente contradição entre, por um lado, a defesa de um cosmopolitismo científico e teológico-moral e, por outro, um certo “realismo” político, orientado pelo conhecimento preciso das relações internacionais, com a consideração dos interesses particulares dos Estados e a preocupação de preservar o “equilíbrio da Europa”. O artigo busca mostrar como esse cosmopolitismo não implica uma rejeição, por princípio, da guerra nem a adesão ao projeto do abade de Saint-Pierre de instaurar uma paz perpétua.
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